O Banco Mundial alertou que o aumento das tarifas dos Estados Unidos sobre os produtos indianos afetará negativamente o crescimento econômico do Sul da Ásia em 2026, embora o impacto na economia regional em 2025 seja minimizado pelos gastos governamentais. O crescimento da região, que inclui India, Bangladesh, Sri Lanka, Nepal, Butão e Maldivas, deve desacelerar de 6,6% em 2025 para 5,8% no ano seguinte, a previsão mais baixa em 25 anos, excluindo períodos de recessão global.
A redução do ritmo de crescimento está ligada principalmente às altas tarifas impostas pelos EUA sobre as exportações indianas, que totalizam cerca de US$ 50 bilhões, afetando setores intensivos em mão de obra, como têxteis, joias e camarão. A previsão para o crescimento do PIB da India foi ajustada para cima em 2025, para 6,5%, mas revisada para baixo em 2026, para 6,3%, devido a essas tarifas. Em resposta, o governo indiano reduziu impostos sobre centenas de produtos para estimular a demanda interna, ao mesmo tempo que mantém investimentos robustos em infraestrutura.
Além dos efeitos das tarifas, outros riscos negativos para o crescimento do sul da Ásia incluem a incerteza global, tensões sociais na região e mudanças nos mercados de trabalho provocadas por tecnologias emergentes, como a inteligência artificial. Os países da região precisam realizar reformas para abrir o comércio, adotar novas tecnologias e criar empregos para a sua crescente força de trabalho jovem, especialmente para mulheres, que têm baixa participação no mercado de trabalho. Essas ações são essenciais para reverter o crescimento desacelerado e garantir o desenvolvimento sustentável.

