Baixa disponibilidade e clima implacável no Sul sustentam preços do arroz

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Porto Alegre, 3 de maio de 2024 – O mercado de arroz no Brasil continua sendo fortemente influenciado pelo clima, especialmente devido às chuvas no Sul do país, que estão impactando as áreas que ainda precisam ser colhidas. “O fenômeno El Niño está se mostrando um dos mais severos já enfrentados pela cultura do arroz, com resultados potencialmente mais críticos do que inicialmente previsto”, destaca o analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Os trabalhos de colheita de arroz avançaram para 78,7% da área estimada para a temporada 2023/24 no país, conforme o último levantamento semanal da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com dados recolhidos até 28 de abril. Na semana anterior, a ceifa estava em 70,6%. Em igual período do ano passado, o número era de 92,4%.

Ainda conforme a companhia, no Rio Grande do Sul as chuvas permanecem limitando o progresso da colheita. Porém, a qualidade do arroz colhido se manteve relativamente satisfatória. Em Santa Catarina, há avanços distintos na colheita entre as regiões, com o norte praticamente finalizado e o sul ainda com áreas significativas para colher.

Além disso, o último relatório de embarques nos portos brasileiros, conhecido como line-up, identificou uma remessa de 25 mil toneladas destinadas à Venezuela para embarque na primeira quinzena de maio. “Isto sugere uma leve recuperação nas exportações, além da variedade dos quebrados que vinham sendo registradas”, ressalta o analista.

Neste contexto, a média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) encerrou o dia 30 de abril cotada a R$ 107,09, apresentando um avanço de 1,07% em relação à semana anterior. Em comparação ao mesmo período do mês passado, havia uma alta de 5,96%. E um aumento de 22,04% quando comparado ao mesmo período de 2023.

Rodrigo Ramos/ Agência Safras News

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