Porto Alegre, 24 de fevereiro de 2021 – O cenário de custos elevados para o setor de proteína animal continua pressionando produtores e indústrias do setor avícola do Rio Grande do Sul. O setor aguarda a resposta de alguns pedidos encaminhados ao Ministério da Agricultura no que se refere à retirada de PIS/Cofins na importação de milho e também a liberação da importação do cereal produzido nos Estados Unidos.
Porém, devido à demora de atendimento ao pleito encaminhado, indústrias e produtores partem definitivamente para redução de produção de carne de frango e ovos no estado. Os preços do milho e farelo de soja estão há um longo tempo em patamares insustentáveis para manutenção das atividades de produção de carne de frango e ovos.
Segundo informações recebidas da Organização Avícola do Estado do Rio Grande do Sul e suas entidades membros ASGAV e SIPARGS, nos últimos dias, indústrias e produtores do setor vem anunciando redução da produção entre 15% e 30%. “Estamos atentos à estes movimentos que são o reflexo da falta de soluções para estancar a elevação dos custos. Continuando estas reduções de produção, poderemos ter como consequências desabastecimento de produtos avícolas, férias coletivas e até mesmo desemprego”, avalia o presidente Executivo da ASGAV/SIPARGS, José Eduardo dos Santos.
Outra situação que deverá ser consequência da redução de produção no setor avícola será a diminuição de aquisições de grãos (milho e soja), embalagens e outros insumos utilizados na produção. Para os analistas do setor a situação é muito preocupante quando se vê o aumento de safra de grãos a nível nacional, diminuição das exportações de milho na casa de 18% no último ano e a manutenção do preço do milho no mercado interno em patamares elevados. Para as entidades, a redução de produção para muitas indústrias e produtores é eminente diante do atual quadro. As informações partem da assessoria de imprensa da ASGAV/SIPARGS.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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