Porto Alegre, 1 de agosto de 2025 – A avicultura de corte apresentou um mês de preços mistos no atacado e mercados independentes do vivo. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, a avicultura de corte seguiu sendo impactada pela IAAP em julho.
“A lenta retomada das exportações é um problema. União Europeia e China ainda não reestabeleceram as compras de produtos avícolas brasileiros”, ressaltou o analista.
Além disso, explicou que na primeira quinzena do mês o mercado encontrou espaço para recuperação, centrado na grande competitividade da carne de frango em relação as proteínas concorrentes. “Na segunda quinzena do mês o mercado esfriou, o que é natural diante da sazonalidade”, disse.
Para agosto, Iglesias afirmou o que o mercado aguarda, com grande ansiedade, a retomada das exportações em ritmo normal. No mercado doméstico, o mercado segue centrado na grande competitividade do frango na comparação com as demais proteínas.
Preços internos
Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo, os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo do mês. O preço do quilo do peito teve recuo de R$ 9,90 para R$ 9,60, o quilo da coxa de R$ 6,90 para R$ 6,70 e o quilo da asa subiu de R$ 10,00 para R$ 10,30. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve baixa de R$ 10,00 para R$ 9,80, o quilo da coxa de R$ 7,00 para R$ 6,90 e o quilo da asa alta de R$ 10,20 para R$ 10,60.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações durante o mês. No atacado, o preço do quilo do peito caiu de R$ 10,00 para R$ 9,70, o quilo da coxa de R$ 7,00 para R$ 6,80 e o quilo da asa teve valorização de R$ 10,10 para R$ 10,40. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve desvalorização de R$ 10,10 para R$ 9,90, o quilo da coxa de R$ 7,10 para R$ 7,00 e o quilo da asa teve avanço de R$ 10,30 para R$ 10,70.
O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo subiu de R$ 5,60 para R$ 5,75 e, em São Paulo, recuou de R$ 5,80 para R$ 5,60.
Na integração catarinense a cotação do frango seguiu em R$ 4,70. Na integração do oeste do Paraná, a cotação foi de R$ 4,80 e, na integração do Rio Grande do Sul, de R$ 4,75.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango foi de R$ 5,50 para R$ 5,60. Em Goiás, a cotação valorizou de R$ 5,55 para R$ 5,70 e, no Distrito Federal, de R$ 5,60 para R$ 5,75.
Em Pernambuco, o quilo vivo caiu de R$ 5,90 para R$ 4,80, no Ceará de R$ 5,00 para R$ 4,50 e, no Pará, de R$ 6,00 para R$ 5,50.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 597,085 milhões em julho (19 dias úteis), com média diária de US$ 31,425 milhões. A quantidade total exportada pelo país chega a 329,030 mil toneladas, com média diária de 17,317 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.814,7.
Em relação a julho de 2024, há recuo de 12,2% no valor médio diário, baixa de 8,6% na quantidade média diária e baixa de 4% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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