Avanço do plantio nos EUA, aversão ao risco e demanda fraca chinesa pressionam soja em Chicago

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    Porto Alegre, 9 de maio de 2023 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais baixos. Os preços foram pressionados por uma série de fatores: a boa evolução do plantio nos Estados Unidos, a fraca

demanda chinesa e a aversão ao risco no cenário financeiro global.

    O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou ontem relatório sobre a evolução de plantio das lavouras de soja. Até 7 de maio, a área plantada estava apontada em 35%. O mercado esperava o número em 34%. Na semana passada, eram 19%. Em igual período do ano passado, a semeadura era de 11%. A média é de 21%.

    As importações de soja em grão pela China em abril somaram 7,26 milhões de toneladas, baixa de 10% sobre igual período do ano anterior. O mercado esperava compras em torno de 9 milhões de toneladas de soja.

    Os operadores começam a se posicionar frente ao relatório mensal do USDA. O Departamento deve elevar a sua estimativa para os estoques finais dos Estados Unidos em 2022/23. Além disso, é esperada nova redução na projeção de safra da Argentina. O relatório de maio do Departamento será divulgado nesta sexta, 12, às 13h. Serão divulgados ainda os primeiros números para a safra 2023/24, tanto nos Estados Unidos como em nível mundial.

    Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 212 milhões de bushels em 2022/23. Em abril, a previsão ficou em 210 milhões de bushels. Para 2023/24, o USDA projeta estoques de 282 milhões de bushels. A primeira projeção de safra dos EUA deve ser de 4,484 bulhões.

    Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 99,4 milhões de toneladas, contra 100,3 milhões previstos em abril. Para 2023/24, a estimativa do mercado é de 105,8 milhões de toneladas.

    O USDA deve cortar a projeção de safra da Argentina de 27 milhões para 24,4 milhões de toneladas, reflexo da prolongada estiagem naquele país. Para o Brasil, a aposta é que a produção tenha sua previsão elevada de 154 milhões para 154,6 milhões de toneladas.

    Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 19,50 centavos ou 1,36% a US$ 14,14 1/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 12,54 1/2 por bushel, com perda de 18,00 centavos de dólar ou 1,41%.

    Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com perda de US$ 7,90 ou 1,85% a US$ 419,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 53,04 centavos de dólar, com perda de 0,61 centavo ou 1,13%.

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     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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