Porto Alegre, 19 de abril de 2024 – O total de navios que aguarda para embarcar açúcar nos portos brasileiros estava em 77 na semana encerrada em 17 de abril, ante 69 na semana anterior (10), de acordo com levantamento realizado pela agência marítima Williams Brasil. Conforme o relatório, foi agendado carregamento de 2,868 milhões de toneladas de açúcar, contra 2,650 milhões. Pelo Porto de Santos (SP) deve ser carregada a maior parte (2,036 milhões de toneladas). Depois aparecem o porto de Paranaguá, no Paraná (532.385 toneladas), Maceió, nas Alagoas (150,793 mil toneladas), Santana, no Amapá (5,5 mil toneladas), São Sebastião, em São Paulo )53 mil toneladas) e Recife, em Pernambuco (71.080 toneladas).
A carga de açúcar a ser exportada consiste da variedade VHP (2,795 milhões de toneladas), TBC (30.500 toneladas), Refinado A45 (24 mil toneladas), e VHP em sacas (equivalente a 19 mil toneladas).
O relatório da agência leva em conta as embarcações já ancoradas, as que estão em largo esperando atracação e ainda as com previsão de chegada até o dia 19 de maio.
Conab divulga quarto levantamento da safra de cana 2023/24
A produção brasileira de cana-de-açúcar na safra 2023/2024 registra 713,2 milhões de toneladas e estabelece novo recorde na série histórica acompanhada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume representa um aumento de 16,8%, quando comparado ao ciclo passado, como aponta o 4o Levantamento sobre a cultura divulgado, nesta quinta-feira (18), pela Companhia. De acordo com o boletim, a área colhida também registrou um leve crescimento de 0,5%, estimada em 8,33 milhões de hectares, enquanto o rendimento médio teve um incremento de 16,2%, saindo de 73.655 quilos por hectare para 85.580 kg/ha.
As condições climáticas e os investimentos do setor proporcionaram esse resultado, com destaque para a recuperação da produtividade no centro-sul do país. No Sudeste, região que concentra amaior produção de cana-de-açúcar, houve aumento no volume colhido em 21%, quando comparada à safra anterior, totalizando 469 milhões de toneladas. A área colhida reduziu 0,6%, enquanto a produtividade média aumentou, justificado pelas melhores condições climáticas e dos investimentos para a renovação das lavouras, com uma estimativa de 91.987 kg/ha.
A produção recorde de cana também reflete no aumento de fabricação dos subprodutos. Com o mercado favorável ao açúcar, a maior parte da cana foi direcionada para a produção do adoçante, estimada em 45,68 milhões de toneladas, representando um aumento de 24,1% em relação à safra passada e um novo recorde na série histórica.
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Safras News
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