Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2021 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais altos. O atraso na colheita no Brasil e o aperto nos estoques americanos garantiram mais uma sessão de ganhos, com os contratos encerrando no maior nível em mais de cinco semanas.
Os trabalhos de colheita no Brasil seguem bem abaixo da média para o período e devem resultar em atraso ainda maior na retomada dos embarques brasileiros de forma mais consistente. Com isso, a demanda deverá permanecer voltada ao mercado americano.
A alta de hoje ainda encontra sustentação nos dados divulgados na semana passada durante o Fórum Anual do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Apesar de maiores do que na atual temporada, os estoques de passagem americanos foram indicados em patamares abaixo dos esperados pelo mercado.
Diante desse quadro, fundos e especuladores seguiram puxando as cotações. A grande dúvida no momento é saber até onde os contratos poderão subir sem prejudicarem as exportações americanas. Nesta semana, não houve anuncio do USDA de novas vendas de exportadores privados. Mas é importante frisar que a China está retornando ao mercado após o prolongado feriado do Ano Novo Lunar.
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 22.25 centavos de dólar por libra-peso ou 1,6% a US$ 14,06 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 14,08 ½ por bushel, com ganho de 21,00 centavos ou 1,51%.
Nos subprodutos, a posição maio do farelo subiu US$ 3,10 ou 0,73% a US$ 426,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 48,37 centavos de dólar, com ganho de 1,15 centavo ou 2,43%.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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