Israel realizou uma série de ataques direcionados ao programa nuclear do Irã e à sua liderança militar, atingindo dezenas de alvos estratégicos e matando altos comandantes da Guarda Revolucionária, incluindo Hossein Salami. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que o objetivo é enfraquecer significativamente a capacidade do Irã de desenvolver armas nucleares, atacando instalações de enriquecimento de urânio e eliminando cientistas-chave. A ofensiva, conduzida em múltiplas ondas, representa uma escalada grave no conflito, com desdobramentos imprevisíveis para a estabilidade regional.
O Irã acusou os Estados Unidos de envolvimento nos ataques, mas o secretário de Estado Marco Rubio negou qualquer participação e advertiu Teerã contra retaliações a interesses americanos. Israel declarou estado de emergência, antecipando possíveis contra-ataques com mísseis e drones. A morte de figuras centrais na hierarquia militar iraniana representa um golpe severo para o comando do país, aumentando o risco de uma reação contundente.
A ofensiva ocorre em meio a um momento delicado, às vésperas de uma nova rodada de negociações diplomáticas sobre o programa nuclear iraniano. As conversas, já paralisadas, podem ser completamente inviabilizadas após os ataques, levando o Irã a retaliar ou até a acelerar seus esforços nucleares. Os Estados Unidos vinham tentando persuadir Teerã a desistir do enriquecimento de urânio, mas a ação militar de Israel complica ainda mais qualquer saída pacífica de curto prazo.
Especialistas alertam que o confronto pode se transformar em uma guerra prolongada, dada a dispersão e fortificação das instalações nucleares iranianas. Apesar disso, Israel parece disposto a continuar a operação — batizada de “Leão Emergente” — aproveitando a possível fragilidade momentânea do Irã e o enfraquecimento de aliados como o Hezbollah. A escalada militar agrava a instabilidade no Oriente Médio e ameaça gerar impactos globais, incluindo no mercado de petróleo e na segurança de aliados regionais.