Porto Alegre, 8 de maio de 2023 – A ata do Banco do Japão (BoJ), divulgada ontem (7) da reunião dos dias 9 e 10 de março, traz um panorama de economia mundial em recuperação e da japonesa em passo mais lento de crescimento. Na ocasião, a taxa de juros foi mantida em -0,1% e a dos títulos do governo (os JGBs) em 0%.
“Depois do levantamento das restrições da Covid-19, a recuperação da economia japonesa está razoavelmente estável, Mesmo com a redução dos gargalos nas cadeias de suprimentos, as exportações de automóveis e produtos relacionados diminuíram por conta do inverno e empresas automobilísticas reduzindo suas taxas de exportação”, diz o documento.
A ata fala também dos lucros das empresas japonesas que, embora ainda altos, vem se reduzindo ao longo do tempo. “No que diz respeito às perspectivas, como os lucros das empresas mantiveram-se em níveis elevados no seu conjunto, o investimento fixo empresarial deverá continuar a aumentar, principalmente devido a condições financeiras acomodatícias”.
O consumo privado também está aumentando em um ritmo lento, mas estável. “O consumo de bens duráveis havia aumentado, principalmente devido à diminuição das restrições da oferta. O consumo de bens não duráveis havia diminuído, já que o consumo de alimentos, bebidas e vestuário estiveram um pouco fracas, tendo sido afetadas pela subida dos preços”.
Os membros da diretoria do BoJ entendem que as condições econômicas mundiais estão melhorando, com a redução da inflação nos Estados Unidos. “O sentimento tornou-se cauteloso novamente, já que o mercado considerara uma expectativa de aperto monetário prolongado”.
A economia da China está crescendo, mas o mercado imobiliário ainda está em passos mais lentos, o que mostra uma certa apreensão com a perspectiva de médio prazo. “A economia estagnada poderia persistir devido a fatores como a prolongada elevada taxa de desemprego entre os jovens e a diminuição do investimento para a China devido aos riscos geopolíticos”.
Os membros do BoJ acreditam que a pressão sobre os preços deve diminuir por conta da queda nos preços da energia, “e com as medidas econômicas do governo e a uma diminuição dos efeitos de um repasse para os preços ao consumidor de aumentos de custos liderados por um aumento nos preços de importação”.
Por conta do cenário mundial ainda instável, o banco decidiu manter a política monetária de forma a atingir a estabilidade dos preços, para que a inflação chegue à meta de 2%. “Para atingir a meta de estabilidade, é importante para o Banco ancorar as expectativas de inflação em 2% comprometendo-se a atingir a meta”, conclui a ata. Com informações da Agência CMA.
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Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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