Porto Alegre, 1 de março de 2024 – O mercado físico do boi gordo encerrou o mês de fevereiro com preços mais baixos para a arroba. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, este movimento esteve centrado no comportamento dos preços da carne bovina durante a segunda quinzena, que não sinalizaram um grande poder de reação. “Também houve um bom avanço das escalas de abate, com o aumento da oferta de fêmeas no centro-norte brasileiro do Brasil., o que ofereceu às indústrias frigoríficas as condições necessárias para exercer pressão na compra de gado”, justifica.
Como limitador, Iglesias ressalta que é importante destacar a atuação do pecuarista, que cadenciou o ritmo dos negócios ao longo de fevereiro, o que impossibilitou que a queda dos preços acontecesse de maneira ainda mais agressiva no Brasil.
Os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 29 de fevereiro:
* São Paulo (Capital) – R$ 230,00 a arroba, queda de 4,17% frente ao valor praticado no final de janeiro, de R$ 240,00.
* Goiás (Goiânia) – R$ 218,00 a arroba, contra R$ 230,00 no fechamento de janeiro, baixa de 5,22%.
* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 230,00 a arroba, recuo de 6,12% na comparação com o fechamento de janeiro, de R$ 245,00.
* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 220,00 a arroba, desvalorização de 4,35% frente ao final de janeiro, de R$ 230,00.
* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 210,00 a arroba, baixa de 1,87% frente aos R$ 214,00 do encerramento de janeiro.
Atacado
Iglesias ressalta que o mercado atacadista apresentou preços estáveis durante o mês para os cortes do traseiro do boi, que foram mantidos em R$ 18,00 por quilo. Já os preços dos cortes de dianteiro tiveram uma valorização de 1,59% ao longo de fevereiro, passando de R$ 12,60 para R$ 12,80.
Exportações
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 651,346 milhões em fevereiro (15 dias úteis), com média diária de US$ 43,423 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 143,478 mil toneladas, com média diária de 9,565 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.539,70.
Em relação a fevereiro de 2023, houve alta de 27,4% no valor médio diário da exportação, ganho de 36,2% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 6,5% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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