Porto Alegre, 28 de fevereiro de 2025 – A avicultura de corte apresentou um mês de preços estáveis no atacado e mercados independentes do vivo. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, durante fevereiro houve sinalização de oferta ajustada frente a demanda existente. “A perspectiva para preços é favorável com possível avanço do consumo e da reposição ao longo da cadeia”, disse.
No atacado, Maia ressalta que o mês fechou com a oferta equilibrada, o que trouxe otimismo entre os agentes do mercado para o curto prazo. “O consumo, para a carne de frango, tende a avançar, considerando preços elevados de produtos concorrentes. A exportação do frango também está forte, fator que favorece o quadro de disponibilidade e a formação de preços no interior do país”, destacou.
Assim como para a suinocultura, Maia explicou que a avicultura carrega alguma apreensão com o custo de produção, com os avanços do preço do milho.
Preços internos
Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo, os preços dos cortes congelados de frango tiveram algumas mudanças ao longo do mês. O preço do quilo do peito teve alta de R$ 10,25 para R$ 11,00, o quilo da coxa de R$ 7,60 para R$ 8,20 e o quilo da asa de caiu de R$ 13,20 para R$ 12,50. Na distribuição, o preço do quilo do peito avançou de R$ 10,50 para R$ 11,25, o quilo da coxa de R$ 7,80 para R$ 8,45 e o quilo da asa recuou de R$ 13,40 para R$ 12,75.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações durante o mês. No atacado, o preço do quilo do peito teve ganho de R$ 10,35 para R$ 11,10, o quilo da coxa de R$ 7,70 para R$ 8,30 e o quilo da asa teve recuo de R$ 13,30 para R$ 12,60. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve avanço de R$ 10,60 para R$ 11,35, o quilo da coxa de R$ 7,90 para R$ 8,55 e o quilo da asa teve desvalorização de R$ 13,50 para R$ 12,85.
O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo subiu de R$ 5,50 para R$ 5,55 e, em São Paulo, a estabilidade foi de R$ 5,60.
Na integração catarinense a cotação do frango seguiu em R$ 4,35. Na integração do oeste do Paraná, a cotação continuou em R$ 4,30 e, na integração do Rio Grande do Sul, seguiu em R$ 4,00.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango subiu de R$ 5,45 para R$ 5,50. Em Goiás, a cotação foi de R$ 5,45 para R$ 5,50 e, no Distrito Federal, de R$ 5,50 para R$ 5,55
Em Pernambuco, o quilo vivo teve valorização de R$ 7,75 para R$ 8,25, no Ceará de R$ 7,70 para R$ 7,70 e, no Pará, de R$ 8,35 para R$ 8,60.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 633,029 milhões em fevereiro (15 dias úteis), com média diária de US$ 42,201 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 355,927 mil toneladas, com média diária de 23,728 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.778,5.
Em relação a fevereiro de 2024, houve avanço de 25,5% no valor médio diário, alta de 22,3% na quantidade média diária e avanço de 2,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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