Porto Alegre, 1 de setembro de 2023 – O mês de agosto teve queda tanto do quilo vivo quanto dos principais cortes de carne suína no atacado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, assim como em julho, o mês registrou dois momentos distintos, com o mercado aquecido na primeira quinzena e desacelerando na segunda.
“Na primeira quinzena os preços foram fortes. Havia uma reposição mais aquecida devido a perspectiva de aumento na demanda por conta do Dia dos Pais e pela capitalização das famílias”, explica. “Na segunda quinzena, ocorreu uma desaceleração natural. A descapitalização das famílias acabou impactando diretamente o consumo e a reposição, assim como a queda acentuada nos preços do boi gordo, que tiraram um pouco da competitividade da carne suína”, pontua Maia.
O analista ressalta que as exportações de carne suína devem continuar indo bem, devendo ultrapassar as 100 mil toneladas. “O preço da tonelada no mercado internacional está em queda ao longo dos últimos meses e é um fator que acaba diminuindo a margem das indústrias. Isso pode acabar impedindo a evolução do quilo vivo na próxima semana”, diz.
“O custo de nutrição conta com viés de queda, mas a margem dos suinocultores ainda seguem ruins. Para setembro, a expectativa é de uma demanda aquecida, ao menos na primeira quinzena. Os preços das proteínas concorrentes vão seguir no radar”, concluiu.
Preços
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país recuou 1,50% no mês, passando de R$ 5,73 para R$ 5,64. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado ficou em R$ 9,98, tendo retração de 1,55%. A carcaça teve desvalorização de 2,76%, passando de R$ 9,06 para R$ 8,81.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo teve baixa de R$ 117,00 para R$ 113,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o preço do quilo caiu de R$ 5,20 para R$ 5,15 e, no interior do estado, de R$ 5,90 para R$ 5,80.
Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração diminuiu de R$ 5,20 para R$ 5,10, enquanto que no interior catarinense, de R$ 5,75 para R$ 5,65. No Paraná, o recuo foi de R$ 5,95 para R$ 5,85 no mercado livre e na integração estabilidade de R$ 5,25.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve queda de R$ 5,60 para R$ 5,50 e, na integração, o preço do quilo se manteve em R$ 5,10. Em Goiânia, o preço recuou de R$ 6,10 para R$ 6,00, no interior de Minas Gerais de R$ 6,40 para R$ 6,30 e no mercado independente de R$ 6,50 para R$ 6,40. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve retração de R$ 5,60 para R$ 5,45 e, na integração do estado, os preços seguiram em R$ 5,10.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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