Porto Alegre, 4 de abril de 2025 – O mercado brasileiro de milho deve encerrar a semana com fraqueza nos preços, diante de uma maior pressão por parte dos consumidores, que buscam acesso a cotações mais baixas. Os produtores, em diversas localidades, avançam na fixação de oferta. O movimento é apoiado por uma queda na Bolsa de Chicago e pode permanecer durante esta sexta-feira, apesar da forte alta do dólar frente ao real.
O mercado brasileiro de milho registrou preços fracos nesta quinta-feira. Os consumidores estão retraídos nas negociações, buscando cotações mais baixas. Em várias localidades do país, os produtores mostram maior disposição para vendas, avançando na fixação de oferta.
O preço de balcão voltou a recuar no Paraná nesta quinta-feira. No decorrer das próximas semanas, os agentes do mercado devem prestar atenção no clima e questões relacionadas à logística. Tensões globais, movimento dólar e dos futuros também estão no radar, destaca a Safras Consultoria.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 74,00/80,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 73,00/80,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 74,00/75,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 85,00/86,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 88,00/90,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 75,00/77,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 78,00/80,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 77,00/R$ 80,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 78,00/82,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com entrega em maio de 2025 operaram com baixa de 4,75 centavos, ou 1,03%, cotados a US$ 4,52 3/4 por bushel.
* O mercado foi pressionado pelas tarifas dos Estados Unidos anunciadas pelo presidente Donald Trump. A retaliação destas tarifas por parte da China, com um aumento para uma taxa de 34% sobre produtos estadunidenses, complementou o quadro negativo. O forte recuo do petróleo em Nova York, que operou em mínimas que não eram vistas desde a pandemia de Covid-19, também pressionou as cotações. Até o intervalo, a posição maio/25 acumulava uma queda semanal de 0,11%.
* Ontem (3), os contratos com entrega em maio de 2025 fecharam com baixa de 0,25 centavo, ou 0,05%, cotados a US$ 4,57 1/2 por bushel. Os contratos com entrega em julho de 2025 fecharam com avanço de 0,25 centavo, ou 0,05%, cotados a US$ 4,65 1/2 por bushel.
CÂMBIO
* O dólar comercial opera em alta de 2,17%, cotado a R$ 5,7521. O Dollar Index registra valorização de 0,17% a 102,25 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços fracos. Xangai, feriado. Japão, -2,75%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices baixos. Paris, -3,08%. Frankfurt, -3,14%. Londres, -3,07%.
* O petróleo opera com preços mais altos. Maio do WTI em NY: US$ 61,89 o barril (-7,55%)
AGENDA
– O Ministério do Desenvolvimento, da Indústria, do Comércio e Serviços divulga, às 15h, os dados consolidados março, seguidos por coletiva de imprensa.
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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