Apesar de colheita do algodão, preço doméstico sobe 3,3% em julho

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     Porto Alegre, 31 de julho de 2020 – O mercado brasileiro de algodão encerra o mês de julho com preços mais altos. Apesar do andamento da colheita no país, a competitividade da pluma no cenário exportador, em função do dólar se manter acima de R$ 5,15, aparece como fator de suporte. E, nesta última semana, também pesou positivamente a forte recuperação da fibra na Bolsa de Nova York. Às 9h20, a posição dezembro de 2020 acumulava alta semanal em torno de 4,5%.

     A indicação no CIF de São Paulo fechou o dia 30 de julho em R$ 2,81 por libra-peso, ante R$ 2,77 no dia 23. Quando comparado ao mesmo período do mês passado, apresentava alta 3,31%. Em relação aos níveis em que era negociado em igual momento do ano anterior, a elevação era de 15,31%.

     No FOB exportação do porto de Santos/SP, a indicação ficou em 55,14 centavos de dólar por libra-peso (c/lb), com alta de 1,59% em relação à semana anterior. Comparado ao mesmo período do mês passado, apresenta alta de 3,31% e, em relação ao mesmo período do ano passado, elevação de 12,85%. Na comparação com contrato de maior liquidez da pluma negociado na Bolsa de Nova York (dez/20), o produto brasileiro está 12,72% mais acessível. Há uma semana, era 13,23% mais acessível.

     Como o Brasil terá um grande excedente de oferta, é muito importante que se mantenha competitivo no mercado exportador. Conforme o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, um dólar acima de R$ 5,00 deixa a pluma brasileira mais acessível para exportação.

     As exportações brasileiras de algodão bruto somaram 62,893 mil toneladas até a segunda semana de julho (18 dias úteis), com média diária de 3,494 mil toneladas. A receita com as vendas ao exterior totalizou US$ 87,401 milhões, com média diária de US$ 4,855 milhões. As informações são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

     Em relação à igual período do ano anterior, houve avanço de 71,06% no volume diário exportado (2,042 mil toneladas diárias em julho de 2019). Já a receita diária teve acréscimo de 50,02% (US$ 3,236 milhões diários em junho de 2019).

     Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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