Porto Alegre, 14 de fevereiro de 2025 – O mercado brasileiro de milho deve encerrar a semana com firmeza nos preços, apesar de ambiente de negócios pouco evoluir. Há interesse por parte dos consumidores na composição de lotes, mas o impasse em relação a preços e uma avaliação do clima e logística dos investidores impedem que as negociações avancem significativamente. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em alta, enquanto o dólar cai frente ao real.
O mercado brasileiro de milho volta apresentar ambiente de negócios travado e preços firmes no decorrer da quinta-feira. Em muitas localidades do país, a exemplo de São Paulo e Paraná, os produtores estão fixando pouco, o que coloca dificuldade para consumidores alongarem estoques. Os consumidores seguem ativos na busca por lotes no dia. A evolução do clima e a situação da colheita da safra verão seguem como pontos de atenção. As questões de logística também devem ser acompanhadas de perto ao longo das próximas semanas. Haverá ingresso de grande volume de soja no país com colheitas, o que deve impactar logística e o preço dos fretes, assinalou o analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 78,00/80,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 78,00/80,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 73,00/75,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 78,00/80,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 82,50/85,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 71,00/74,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 72,00/73,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 68,00/R$ 70,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 66,00/68,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com vencimento em março operam cotados a US$ 4,97 3/4 por bushel, alta de 4,25 centavos de dólar, ou 0,86%, em relação ao fechamento anterior.
* O mercado caminha para a segunda semana consecutiva de ganhos, impulsionado por estoques globais reduzidos, forte demanda e preocupações com o clima na Argentina. Embora as chuvas tenham ajudado a amenizar a seca, as condições climáticas adversas no país continuam sustentando os preços.
* Ontem (13), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 4,93 1/2 por bushel, alta de 3,25 centavos de dólar, ou 0,66%, em relação ao fechamento anterior. A posição março de 2025 fechou a sessão a US$ 5,06 por bushel, ganho de 2,00 centavos de dólar, ou 0,39%, em relação ao fechamento anterior.
CÂMBIO
* O dólar comercial registra baixa de 0,39%, em R$ 5,7444. O Dollar Index registra desvalorização de 0,25% a 107,04 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços mistos. Xangai, + 0,43%. Japão, -0,79%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices mistos. Paris, +0,64%. Frankfurt, + 0,08%. Londres, -0,14%.
* O petróleo opera com preços mais baixos. Março do WTI em NY: US$ 71,75 o barril (+0,64%)
AGENDA
– EUA: A produção industrial e capacidade utilizada de janeiro serão publicadas às 11h15 pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
– Resultado financeiro da Raizen, após o fechamento do mercado.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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