Apesar de acomodação, algodão em NY muda de patamar em agosto após USDA

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O mercado de algodão internacional, tendo como referência a Bolsa de Nova York, mudou de patamar em agosto após a divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), no dia 12.

No final de julho, o contrato dezembro/22 valia 96,74 centavos de dólar por libra-peso na bolsa nova-iorquina. No dia 31 de agosto, a posição fechou cotada a 113,21 centavos de dólar por libra-peso. Mesmo com uma correção no final do mês, a bolsa acumulou ganhos de quase 17% no período.

A grande novidade trazida pelo USDA foi o corte de 19% na área norte-americana, bem maior do que o esperado pelo mercado. “Com uma consequente safra menor, os preços ganharam força na Bolsa de Nova York”, relata o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Carlos Barabach.

Para ele, a alta atingida pela pluma só não foi maior pelo temor de recessão global. “Em 2011, quando houve outra grande seca nos Estados Unidos, a libra-peso chegou a valer 220 centavos de dólar”, lembra. “Agora, o avanço foi limitado pelo atual cenário econômico, pois a pluma é muito sensível ao poder aquisitivo da população”, explica.

Internamente, a redução na área norte-americana pode significar um estímulo às exportações brasileiras, já que os países disputam mercados externos. “Com a safra dos Estados Unidos menor, estimada em 2,74 milhões de toneladas para 2022/23, o Brasil pode se beneficiar, suprindo parte da demanda internacional”, pondera Barabach.

Em relação aos preços domésticos do algodão, a mudança de patamar em Nova York foi sentida, com uma elevação de cerca de 12% em 30 dias. O valor da pluma CIF São Paulo era de R$ 6,66 por libra-peso no dia 1o de setembro.

Saiba mais no vídeo do Jornalista Rodrigo Ramos

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Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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