Porto Alegre, 7 de dezembro de 2020 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com preços mais altos. O mercado reagiu na parte da tarde, com sinais de demanda aquecida e com os agentes se posicionando para o relatório da quinta do USDA, que deverá fazer correções para baixo nos estoques americanos.
As inspeções de exportação norte-americana de milho chegaram a 734.079 toneladas na semana encerrada no dia 3 de dezembro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava 925.000 toneladas.
Na semana anterior, haviam atingido 1.034.505 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 489.612 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1o de setembro, as inspeções somam 11.027.000 toneladas, contra 6.541.641 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.
O USDA divulga o relatório de oferta e demanda de dezembro na quinta-feira (10), a partir das 14h (horário de Brasília) e deverá trazer dados para a safra norte-americana e mundial em 2020/21, além de atualizar as projeções da temporada 2019/20.
Os estoques de passagem da safra 2020/21 dos Estados Unidos devem ser apontados em 1,697 bilhão de bushels, ante os 1,702 bilhão estimados no mês passado.
A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2019/20 sejam apontados em 302,7 milhões de toneladas, abaixo dos 303,3 milhões indicados no mês passado. Para a safra 2020/21 a estimativa é de que os estoques finais globais fiquem em 289,3 milhões de toneladas, aquém das 291,4 milhões de toneladas indicadas em novembro.
A safra de milho do Brasil 2020/21 deverá ser indicada em 109,1 milhões de toneladas, contra as 110 milhões de toneladas estimadas no mês passado. O USDA também tende a reduzir a previsão de safra da Argentina 2020/21 de 50 milhões de toneladas para 49,25 milhões de toneladas.
Os contratos de milho com entrega em março fecharam a US$ 4,24, com alta de 3,50 centavo, ou 0,83%, em relação ao fechamento anterior. A posição maio fechou a sessão a US$ 4,26 3/4 por bushel, ganho de 3,50 centavos de dólar, ou 0,92%, em relação ao fechamento anterior.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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