Porto Alegre, 11 de janeiro de 2025 – O mercado internacional de café iniciou 2025 com ajustes nas Bolsas de Nova York para o arábica e de Londres para o robusta. Houve declínios nas cotações até esta quinta-feira (09) com ajustes técnicos e reposicionamento de carteiras de fundos. Há movimentos de realização das commodities com maiores avanços de preços em 2024, caso do café, que em NY subiu na faixa de 80%, por exemplo, e que em Londres chegou a superar altas acumuladas de 100%.
O mercado também oscila conforme o cenário financeiro, com oscilações do dólar, petróleo e bolsas de valores. No campo fundamental, seguem as preocupações com a oferta, diante de uma safra de 2025 do Brasil com potencial comprometido pelos longos períodos de seca e altas temperaturas em 2024. As atenções seguem para o clima no país e para as condições das lavouras.
No balanço dos últimos sete dias em NY (entre as quintas-feiras 02 e 09 de janeiro), o contrato março caiu 2,55%. Em Londres, o robusta para março caiu no mesmo intervalo 1,5%. Mas, no fechamento desta coluna, próximo do meio dia deste dia 10, tanto NY quanto Londres apresentam ganhos, atentos a essas apreensões com a oferta global.
No mercado físico brasileiro de café, começo de ano de ritmo moroso ainda na comercialização. Houve negociações pontuais, com destaque para maior interesse dos compradores nesta quinta-feira (09), para atendimento de necessidades pontuais. O produtor segue dosando a oferta e buscando cotações mais elevadas. Mas, as cotações também cederam em linha com as bolsas e com o dólar em baixa até a quinta-feira (nesta sexta-feira apresenta reação no momento da conclusão da coluna).
No balanço da semana, entre as quintas-feiras 02 e 09 de janeiro, o arábica bebida boa no sul de Minas Gerais recuou de R$ 2.270,00 para R$ 2.250,00 a saca (-0,9%). O conilon para o tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, baixou de R$ 1.885,00 para R$ 1.865,00 a saca no mesmo período, queda de 1,1%.
Exportações
As exportações brasileiras de café em grão em dezembro de 2024, contando 21 dias úteis, chegaram a um total de 3.365.133 sacas de 60 quilos (média diária de 160.245 sacas), com receita chegando a US$ 1,003 bilhão (média diária de US$ 47,792 milhões), e preço médio de US$ 298,24 a saca.
A receita média diária obtida com as exportações de café em grão em dezembro foi 29,4% maior no comparativo com a média diária de dezembro de 2023, que foi de US$ 38,783 milhões. Já o volume médio diário embarcado foi 17,1% menor que o de dezembro de 2023, que tinha o registro de 202.967 sacas diárias de média. O preço médio, por sua vez, foi 56,1% superior no comparativo com dezembro de 2023.
Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
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Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência Safras News
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