Porto Alegre, 9 de maio de 2024 – A situação da avicultura e suinocultura do Rio Grande do Sul se tornou preocupante, com falta de insumos, dano nas estruturas e indústrias paradas, avaliou o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias. Isso acontece em função das inundações que assolaram e assolam o estado. Em entrevista exclusiva concedida ao Safras News, Iglesias também pontua que o impacto na pecuária de corte de bovinos não foi tão expressivo na região.
“Observamos cerca de dez indústrias frigoríficas paradas, que não tiveram nenhum volume de abate desde a semana passada”, disse Iglesias. Com diversas rodovias do estado bloqueadas diante das enchentes, os insumos não puderam chegar nas granjas e nem os animais puderam chegar para o abate nas indústrias.
De acordo com o analista, com a iminente desobstrução das rodovias, os insumos começam a chegar nas granjas e o nível de abates normaliza novamente. Contudo, Iglesias ressalta que os danos materiais no Rio Grande do Sul foram expressivos, com perdas de estruturas, animais e material genético. “Principalmente na região do Vale do Taquari, há uma produção representativa e importante no estado, e foi uma das regiões mais afetadas pelas inundações”, afirma.
O analista de Safras & Mercado, Allan Maia, também concedeu entrevista exclusiva ao Safras News e destacou os danos logísticos no setor da suinocultura. Enfrentando mesmo entrave da avicultura, os insumos demoram para chegar nas granjas e os animais não chegam na indústria para realização de abates.
“Até a normalização da situação vai um tempo, não é algo tão simples assim. O impacto do desabastecimento de insumos pode gerar risco alimentar para os suínos, não permitindo a saída dos animais para o abate. Após o curto prazo, ainda temos preocupações voltadas à sanidade animal”, conclui.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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