Ampla oferta e cancelamentos de compras derrubam trigo em Chicago no meio-pregão

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   Porto Alegre, 14 de março de 2024 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo opera com cotações mais baixas no meio-pregão. O mercado opera perto das mínimas do dia, mas ainda distante 4 centavos por bushel acima do menor nível para o contrato maio/24 – que é o menor patamar desde agosto de 2020.

    O cereal é pressionado pela série de cancelamentos de compra por parte da China. Entre a semana passada e a segunda-feira, o país cancelou contratos com os Estados Unidos, que correspondiam a aproximadamente 500 mil toneladas. Nesta quinta-feira, a imprensa internacional reportou novos cancelamentos, agora da Austrália e da França.

    Os contratos pelo trigo australiano eram de quatro ou cinco meses atrás, quando os preços estavam expressivamente mais altos. Segundo analistas, ainda que o país asiático pretenda comprar o trigo nos preços atuais, os cancelamentos são vistos como indicador baixista pelo mercado.

    O cenário fundamental segue de ampla oferta, especialmente oriunda da Rússia. Segundo o centro de análises Refinitiv, os preços de exportação do país caíram abaixo de US$ 200 por tonelada (US$ 5,44 por bushel) nesta semana, pela primeira vez desde agosto de 2020. É o patamar mais baixo para o início de março desde 2017. As exportações do país devem ser recorde na temporada. Em meio a isso, o trigo dos Estados Unidos segue pouco competitivo.

    Os contratos com entrega em maio estão cotados a US$ 5,30 1/4 por bushel, baixa de 14,00 centavos de dólar, ou 2,57%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em julho operam a US$ 5,46 por bushel, recuo de 12,25 centavos de dólar, ou 2,19% em relação ao fechamento anterior.

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Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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