Ambiente mais difícil para negócios pressiona queda nos preços da carne suína

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Porto Alegre, 24 de maio de 2024 – A semana registrou preços mais baixos tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, o ambiente esteve mais difícil para as cotações, considerando que os negócios envolvendo o animal vivo ficaram mais acirrado.

“Com frigoríficos reticentes, o escoamento da carne tende a ser mais difícil até o fechamento do mês, com possível retração do consumo na ponta final”, pontuou. “A evolução das proteínas concorrentes merece atenção, podendo afetar a decisão de consumo das famílias por conta do nível de atratividade”, ressaltou o analista.

Maia explica que, por um lado, os cortes de frango estão sustentados. Pelo outro, os cortes bovinos estão apresentando quedas acentuadas no atacado. “Os suinocultores apontam que a oferta de animais não está desequilibrada. Contudo, o poder de barganha está comprometido. A situação do Rio Grande do Sul permanece complicada, com logística comprometida, devendo levar bom tempo para recuperação. O viés para o custo da nutrição ainda é de alta, ponto que merece atenção, considerando as altas recentes do farelo de soja e o milho ensaiando avanços no país”, conclui.

Preços

Levantamento de Safras & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país teve baixa de 2,19% na semana, terminando em R$ 6,07. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado caiu de R$ 10,86 para R$ 10,79 (-0,66) e a média da carcaça teve recuo de 1,41%, atingindo R$10,05.

A análise semanal de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo caiu de R$ 133,00 para R$ 130,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo continuou em R$ 5,40 e no interior do estado passou de R$ 6,40 para R$ 6,35.

Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração seguiu em R$ 5,40 e no interior catarinense o preço foi de R$ 6,15 para R$ 6,25. No Paraná, o preço do quilo vivo registrou decréscimo de R$ 6,30 para R$ 6,25 no mercado livre e, na integração, ficou estável em R$ 5,35.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve baixa de R$ 6,20 para R$ 6,10 e, na integração, os preços seguiram em R$ 5,35. Em Goiânia, os preços tiveram desvalorização de R$ 6,80 para R$ 6,50. No interior de Minas Gerais, os preços caíram de R$ 7,30 para R$ 6,70 e, no mercado independente, a queda foi de R$ 7,40 para R$6,80. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis foi de R$ 6,30 para R$ 6,15 e, na integração do estado, as cotações tiveram estabilidade de R$ 5,30.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 109,229 milhões em maio (12 dias úteis), com média diária de US$ 9,102 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 47,330 mil toneladas, com média diária de 3,944 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.307,80.

Em relação a maio de 2023, houve queda de 14,9% no valor médio diário, baixa de 4,6% na quantidade média diária e retração de 10,8% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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