Ambiente de negócios sugere neutralidade, acomodando preços da carne de frango

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Porto Alegre, 24 de maio de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços acomodados durante a semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o ambiente de negócios vem sugerindo por uma certa neutralidade.

“Os custos de nutrição animal passaram a avançar nos últimos dias, em especial do milho, em meio as perdas causadas pela falta de chuvas no Centro-Oeste do Brasil”, alerta ele. “Em relação a Influenza Aviária, ainda são 164 focos da doença, sendo 161 em animais selvagens e apenas 3 focos da doença em aves de fundo de quintal”, complementou Iglesias.

O analista pontuou que o mercado atacadista também apresentou preços acomodados, com viés para alta presente em mais bem ajustado. Isso ocorre mesmo com o quadro sendo de postura comedida, em função do período do mês em que a demanda é menos aquecida.

“Para a primeira quinzena o potencial a recuperação dos preços é maior em função da entrada dos salários na economia, motivando a reposição ao longo da cadeia produtiva, possibilitando maior espaço para reajustes. As exportações ainda são muito expressivas, com grande volume de exportação nesta temporada. O Brasil ainda ocupa papel de destaque, figurando como melhor alternativa para o fornecimento global da carne de frango”, conclui o analista.

Preços internos

Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito teve alta de R$ 9,70 para R$ 9,90, o quilo da coxa teve estabilidade de R$ 6,50 e o quilo da asa de R$ 10,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito subiu de R$ 9,90 para R$ 10,00, o quilo da coxa continuou em R$ 6,60 e o quilo da asa em R$ 10,20.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito avançou de R$ 9,80 para R$ 10,00, o quilo da coxa permaneceu em R$ 6,60 e o quilo da asa em R$ 10,10. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve valorização de R$ 10,00 para R$ 10,10, o quilo da coxa ficou em R$ 6,70 e o quilo da asa em R$ 10,30.

O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 4,85, e em São Paulo, em R$ 4,80.

Na integração catarinense a cotação do frango ficou em R$ 4,40. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,55 e, na integração do Rio Grande do Sul, os preços continuaram em R$ 4,70.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango ficou em R$ 4,70, em Goiás em R$ 4,75 e, no Distrito Federal, em R$ 4,80.

Em Pernambuco, o quilo vivo caiu de R$ 6,00 para R$ 5,60, no Ceará de R$6,10 para R$ 5,50 e, no Pará, de R$ 6,00 para R$ 5,70.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 427,961 milhões em maio (12 dias úteis), com média diária de US$ 35,663 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 243,875 mil toneladas, com média diária de 20,323 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.754,80.

Em relação a maio de 2023, houve alta de 0,8% no valor médio diário, avanço de 11,6% na quantidade média diária e recuo de 10,1% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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