Ambiente de negócios segue sugerindo para alta de preços da carne de frango no curto prazo

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Reprodução: Imagem Pixabay/Ralphs_Fotos

Porto Alegre, 4 de outubro de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços estáveis, tanto para o quilo vivo, quanto para os cortes negociados no atacado e na distribuição ao longo da semana. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere a possibilidade de alta dos preços no curto prazo.

Iglesias pontua que os custos de nutrição animal ainda preocupam, considerando o recente comportamento do milho no mercado doméstico. Outro aspecto a ser mencionado é que a avicultura gaúcha segue impossibilitada de embarcar carne para a China, incorrendo em grandes prejuízos para o setor. Do ponto de vista da biosseguridade, contudo, a questão já está totalmente resolvida.

O mercado atacadista, por outro lado, também se depara com acomodação em seus preços, ainda com viés de alta no curto prazo. “O ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do movimento de alta, em especial durante a primeira quinzena do mês, período pautado por maior apelo ao consumo. Importante destacar que a carne de frango vem ganhando competitividade se comparado a carne bovina, que vem em um ritmo constante de alta. Exportações seguem em bom nível, apesar dos problemas de biosseguridade evidenciados no Rio Grande do Sul na atual temporada”, concluiu o analista.

Preços internos

Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango não tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito seguiu em R$ 10,40, o quilo da coxa em R$ 7,60 e o quilo da asa em R$ 10,75. Na distribuição, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 10,60, o quilo da coxa em R$ 7,80 e o quilo da asa em R$ 11,00.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou estabilidade nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito seguiu em R$ 10,50, o quilo da coxa em R$ 7,70 e o quilo da asa em R$ 10,85. Na distribuição, o preço do peito se manteve em R$ 10,70, o quilo da coxa em R$ 7,90 e o quilo da asa em R$ 11,10.

O levantamento semanal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo subiu de R$ 5,30 para R$ 5,35 e, em São Paulo, seguiu em R$ 5,50.

Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 4,25. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,00 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,00.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 5,20, em Goiás em R$ 5,25 e, no Distrito Federal, em R$ 5,25.

Em Pernambuco, o quilo vivo subiu de R$ 6,00 para R$ 6,90, no Ceará de R$ 5,90 para R$ 6,90 e, no Pará, de R$ 6,10 para R$ 7,00.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 608,453 milhões em setembro (15 dias úteis), com média diária de US$ 40,563 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 318,868 mil toneladas, com média diária de 21,257 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.908,2.

Em relação a setembro de 2023, houve avanço de 22,5% no valor médio diário, alta de 14% na quantidade média diária e avanço de 7,5% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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