Alta no custo deixa mercado de frango com margens negativas

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     Porto Alegre, 27 de março de 2020 – O mercado brasileiro de frango registrou uma semana de poucas novidades. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, a grande preocupação para o setor permanece nos elevados custos de nutrição animal, avaliando o recente comportamento dos preços do milho no mercado doméstico. “Isso faz com que o setor trabalhe com margens operacionais negativas em diversos estados, uma vez que não está sendo possível fazer repasses ao preço do quilo vivo”, avalia.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram algumas alterações para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O quilo do peito no atacado subiu de R$ 5,20 para R$ 5,30, o quilo da coxa de R$ 5,15 para R$ 5,25 e o quilo da asa seguiu em R$ 7,20. Na distribuição, o quilo do peito avançou de R$ 5,40 para R$ 5,50, o quilo da coxa de R$ 5,35 para R$ 5,45 e o quilo da asa permaneceu em R$ 7,40.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de alterações ao longo da semana. No atacado, o preço do quilo do peito subiu de R$ 5,30 para R$ 5,40, o quilo da coxa de R$ 5,25 para R$ 5,35 e o quilo da asa seguiu em R$ 7,30. Na distribuição, o preço do quilo do peito passou de R$ 5,50 para R$ 5,60, o quilo da coxa de R$ 5,45 para R$ 5,55 e o quilo da asa continuou em R$ 7,50.

     Nas exportações, o desempenho mostra sinais de enfraquecimento. Conforme dados do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, as exportações de carne de frango “in natura” do Brasil renderam US$ 363,4 milhões em março (15 dias úteis), com média diária de US$ 24,2 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 234,3 mil toneladas, com média diária de 15,6 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.551,00.

     Na comparação com fevereiro, houve perda de 13,7% no valor médio diário da exportação, baixa de 13,3% na quantidade média diária exportada e queda de 0,4% no preço. Na comparação com março de 2019, houve recuo de 9,4% no valor médio diário, declínio de 6,5% na quantidade média diária e baixa de 3,1% no preço médio.

     O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 3,25. Em São Paulo o quilo vivo continuou em R$ 2,90.

    Na integração catarinense a cotação do frango seguiu em R$ 2,51. No oeste do Paraná o preço permaneceu em R$ 3,23. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo permaneceu em R$ 2,75.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango se manteve em R$ 3,20. Em Goiás o quilo vivo seguiu em R$ 3,25. No Distrito Federal o quilo vivo continuou em R$ 3,25.

     Em Pernambuco, o quilo vivo se manteve em R$ 4,50. No Ceará a cotação do quilo vivo continuou em R$ 4,50 e, no Pará, o quilo vivo prosseguiu em R$ 4,60.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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