Alta no custo de produção impacta mercado de frango em fevereiro

707

     Porto Alegre, 28 de fevereiro de 2020 – O mercado brasileiro de frango se aproxima do final de fevereiro com um patamar misto nos preços, influenciado pelos custos de nutrição animal mais elevados ao longo do mês, por conta do descolamento dos preços do milho. “Em alguns estados houve melhora do preço do quilo vivo, como em São Paulo. Já no Oeste do Paraná e na integração catarinense houve declínio nas cotações”, ressalta o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram algumas alterações para os cortes congelados de frango ao longo do mês. O quilo do peito no atacado seguiu em R$ 5,30 ao longo de fevereiro, o quilo da coxa passou de R$ 4,90 para R$ 5,20 e o quilo da asa retrocedeu de R$ 8,20 para R$ 7,50. Na distribuição, o quilo do peito seguiu em R$ 5,50, o quilo da coxa avançou de R$ 5,10 para R$ 5,40 e o quilo da asa caiu de R$ 8,40 para R$ 7,70.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de mudanças ao longo do mês. No atacado, o preço do quilo do peito seguiu em R$ 5,40, o quilo da coxa mudou de R$ 5,00 para R$ 5,30 e o quilo da asa caiu de R$ 8,30 para R$ 7,60. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 5,60, o quilo da coxa passou de R$ 5,20 para R$ 5,50 e o quilo da asa baixou de R$ 8,50 para R$ 7,80.

     Iglesias ressalta que as exportações para o mercado chinês ao longo de fevereiro ainda são uma incógnita, por conta da epidemia de coronavírus, embora, de forma geral, os números estejam melhores frente ao mesmo período do ano passado.

     As exportações de carne de frango “in natura” do Brasil renderam US$ 401,10 milhões em fevereiro (15 dias úteis), com média diária de US$ 26,7 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 260,1 mil toneladas, com média diária de 17,3 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.541,90.

     Na comparação com janeiro, houve ganho de 20,6% no valor médio diário da exportação, alta de 26,5% na quantidade média diária exportada e baixa de 4,7% no preço. Na comparação com fevereiro de 2019, houve alta de 15,7% no valor médio diário, ganho de 19,9% na quantidade média diária e baixa de 3,5% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que, em Minas Gerais, o quilo vivo subiu de R$ 3,50 para R$ 3,60. Em São Paulo o quilo vivo passou de R$ 2,60 para R$ 3,05.

     Na integração catarinense a cotação do frango baixou de R$ 2,74 para R$ 2,50. No oeste do Paraná o preço passou de R$ 3,49 para R$ 3,39. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo aumentou de R$ 2,90 para R$ 2,95.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango avançou de R$ 3,15 para R$ 3,35. Em Goiás o quilo vivo aumentou de R$ 3,45 para R$ 3,50. No Distrito Federal o quilo vivo subiu de R$ 3,50 para R$ 3,60.

     Em Pernambuco, o quilo vivo se manteve em R$ 3,80. No Ceará a cotação do quilo vivo continuou em R$ 3,80 e, no Pará, o quilo vivo prosseguiu em R$ 4,00.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2020 – Grupo CMA