Alta em Chicago deve contribuir para sustentar cotações do milho no Brasil

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Porto Alegre, 18 de setembro de 2024 – O mercado brasileiro de milho deve ter uma quarta-feira de cotações sustentadas. As preocupações em torno do clima seguem no radar, o que contribui para os produtores segurarem as intenções de venda. No cenário internacional a Bolsa de Chicago avança, acompanhando o cenário climático complicado no Brasil. O dólar, por outro lado, mostra volatilidade, o que pode travar negócios voltados a exportação.

O mercado brasileiro de milho registrou preços estáveis nesta terça-feira. Segundo o consultor de Safras & Mercado, Paulo Molinari, o mercado demonstra tentar acomodar preços, porém os produtores seguem sem pressão de venda nesse momento. A expectativa de queda no câmbio segurou um pouco o fluxo de negócios, destacou.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 65,50/70,00 (compra/venda) a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 64,50/68,00 (compra/venda) a saca.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 58,00/61,00 (compra/venda) a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 60,00/62,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 66,00/68,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 66,00/68,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 60,00/62,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 53,00/56,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 48,00/52,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em dezembro de 2024 operam cotados a US$ 4,13 1/4 por bushel, ganho de 0,75 centavo de dólar por bushel ou 0,18% em relação ao fechamento anterior.

* O mercado acompanha o bom desempenho da vizinha soja, aproximando-se do sexto pregão consecutivo de ganhos. Os investidores focam suas atenções nas queimadas e na estiagem que afetam o Brasil e que podem ameaçar a oferta do país.

* A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) previu a produção de milho do país em 2024/25 em 119,8 milhões de toneladas, um aumento de 3,6% em relação à temporada anterior, mas disse que as exportações provavelmente cairão.

* Ontem (17), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 4,12 1/2 por bushel, alta de 1,75 centavo de dólar, ou 0,42%, em relação ao fechamento anterior. A posição março de 2025 fechou a sessão a US$ 4,30 3/4 por bushel, ganho de 1,00 centavos, ou 0,34%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera com alta de 0,06%, cotado a R$ 5,4901. O dollar index (DXY) tem baixa de 0,05% a 100,85 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia fecharam em alta. Xangai, +0,49%. Em Tóquio, +0,49%.

* As principais bolsas na Europa operam em baixa. Paris, -0,46%; Frankfurt, -0,04%; e Londres, -0,57%.

* O petróleo registra cotações em baixa. O WTI para outubro recua 0,73% a US$ 70,66 o barril.

AGENDA

– EUA: A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 11h30 pelo Departamento de Energia (DoE).

– EUA: A decisão de política monetária será publicada às 15h pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

– Definição da taxa Selic, o juro básico da economia brasileira, para os próximos 45 dias Copom, após 18h30.

—–Quinta-feira (19/09)

– Reino Unido: A decisão de política monetária será publicada às 8h pelo BOE.

– Estimativa para a produção brasileira de café – Conab, 9h.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.

– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.

– Japão: A leitura do índice de preços ao consumidor de agosto será publicada às 20h50 pelo departamento de estatísticas.

– China: A decisão de política monetária será publicada às 22h15 pelo PBOC.

—–Sexta-feira (20/09)

– Japão: A decisão de política monetária será publicada à meia-noite pelo BOJ.

– Alemanha: A leitura do índice de preços ao produtor de agosto será publicada às 3h pelo Destatis.

– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Safras News

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