Alta do milho e soja preocupa Organização Avícola do Rio Grande do Sul

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     Porto Alegre, 2 de fevereiro de 2021 – A Organização Avícola do Estado do Rio Grande do Sul, suas entidades membros, Asgav, Sipargs e associados emitira nota no qual expressam e reiteram profunda preocupação com a situação do mercado e abastecimento de grãos (milho e soja) no Estado do Rio Grande do Sul. Veja mais detalhes abaixo.

     Historicamente, o estado já é deficitário na produção de milho para atender as demandas dos setores de proteína animal e outros, situação que obriga estes potenciais consumidores buscarem o grão em outras unidades da federação e até mesmo em outros países. Não obstante, a pandemia trouxe entraves e gerou um distúrbio na economia e mercado de grãos e por consequência potencializou altas fora da normalidade no mercado de milho e soja, gerando impactos desastrosos nas mais variadas atividades produtivas.

     O setor já havia passado por crises e supervalorização deste mercado, mas nada se compara com a atual situação que vem provocando angústia, desespero e interrupção em atividades de estabelecimentos produtores de aves, ovos e outros. O momento é crítico e necessita de uma atenção especial por parte dos governos Estadual e Federal e também dos próprios produtores em relação aos níveis de produção. Temos uma produção de grãos no Brasil que pode atender muito bem a demanda interna e externa, mas é preciso atenção. Recentemente, recebemos informações sobre a Ucrânia, que visando equilibrar a situação do suprimento interno do milho adotou algumas medidas para garantir abastecimento e evitar um salto nos preços internos, mas não precisou proibir totalmente as exportações de grão.

     Outro fator que merece destaque e também divulgado recentemente é sobre países como Arábia Saudita e outros que buscam a autossuficiência na produção de aves e outras proteínas, tendo sustentação no milho importado. Isso merece atenção e reflexão de nossos governantes. Abastece e fortalece um lado e desestrutura ou acaba com o outro!

      Os setores de aves, ovos e suínos recentemente por meio de sua entidade nacional e também buscando apoio de seus parlamentares ligados ao agro, reencaminharam pleito à Ministra da Agricultura solicitando medidas de contingência da atual crise para evitar danos piores e irreparáveis nas atividades de produção de aves, ovos e outras que dependem do milho. O pleito já havia sido encaminhado no início de dezembro do ano passado e como não obteve resposta foi reapresentando agora em 22 de janeiro do corrente destacando e reiterando as medidas emergenciais e temporárias necessárias para amenizar a situação, tais como:

 – Criação de um cadastro antecipado das contratações de exportação de milho e soja;

 – Suspensão Temporária da Cobrança de PIS/COFINS sobre importação de Milho e Soja;

 – Linhas de Crédito para Armazenagem/Financiamento de Armazenamento;

 – Fim dos entraves para importação de variedades de milho e regulamentações determinadas pela CTNBio, grãos estritamente para ração animal.

     Ante a este cenário, entendemos que estas medidas de contingenciamento e temporárias podem amenizar a atual crise, e evitarem em um futuro próximo a redução drástica de empregos e atividades rurais, férias coletivas e até mesmo a redução significativa na produção de alimentos. Apelamos para que o governo se sensibilize com este pedido, pois tais medidas não irão decretar danos ao plano econômico do governo e tão pouco aos produtores de milho e soja.

Atenciosamente,

Conselho Diretivo – Presidência Executiva Organização Avícola do Estado do Rio Grande do Sul Associação Gaúcha de Avicultura – ASGAV Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas no RS – SIPARGS

     As informações partem da ASGAV/SIPARGS

     Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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