Porto Alegre, 4 de fevereiro de 2022 – Alinhados à paridade de exportação e sustentados pela força da Bolsa de em Nova York, os preços domésticos do algodão encerram a primeira semana de fevereiro com os preços em elevação. “A indústria local continuou trabalhando conforme necessidade pontual e isto também refletiu na melhora das cotações”, pondera o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Carlos Barabach.
A indicação média da fibra no CIF do polo industrial paulista terminou o dia 3 de fevereiro cotada a R$ 7,10 por libra-peso, ante R$ 6,95 no dia 27 de janeiro. No comparativo ao mês passado, a alta foi de 9,91%. E ante um ano atrás, o avanço era de 55,70% (R$ 4,56/libra-peso).
No FOB exportação do porto de Santos/SP, a pluma nacional subiu 1,32%, cotada a 135,85 centavos de dólar por libra-peso. Contra o contrato com maior liquidez negociado na Ice Futures US (março/22), a pluma encerrou cotada a um valor 6,45% superior. Há uma semana, era 8,8% superior.
Apesar do preço alto, os negócios seguem lentos. “O produtor está focado na colheita da soja e plantio do algodão, o que retira vendedor do mercado”, explica o analista. Já a indústria local segue com dificuldade do repasse da subida do preço do algodão a cotação do fio, o que mantém o fluxo de compras cadenciado. “Já as tradings vêm para o mercado apenas para cobrir posições de embarque. Assim, os negócios seguem arrastados”, frisa.
Segundo projeções do Abrapa, a semeadura de algodão da safra atual 21/22 no Brasil alcançava 74% até o último dia 27 de janeiro, contra 52% na semana anterior. No Mato Grosso, o plantio chegava a 69% segundo o Imea. Os trabalhos estão bem avançados, uma vez que em igual período do ano passado estavam em 31,7%. Mato Grosso do Sul e no Paraná estão com 100% semeado.
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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