Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, essas movimentações deixam claro o processo de realinhamento ao mercado internacional pelo qual passam os preços domésticos. “Mesmo assim, o produto brasileiro ainda apresenta um prêmio negativo em relação aos Estados Unidos. Isso ocorre basicamente devido à elevação dos estoques de passagem, à fraqueza do consumo interno e à baixa presença de compradores internacionais no Brasil”, afirma. Numa temporada como a atual, com grande excedente de produção em relação ao consumo, a tendência é que os preços domésticos busquem um ponto de equilíbrio próximo a paridade de exportação. “Em tese, a partir do momento em que o produto nacional fica acessível no mercado externo, os importadores entraram com maior agressividade nas aquisições e, para evitar um desabastecimento, os compradores domésticos elevam suas pedidas para reequilibrar o mercado”, conclui.
NY
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures) para o algodão fechou com preços mais baixos nesta terça-feira.
Assim como na sessão desta segunda-feira, o algodão em NY terminou dando sequência ao movimento corretivo de baixa. Realização de lucros de fundos e de especuladores determinou o fechamento no terreno negativo. Perdas registradas pelas bolsas de valores americanas e europeias ao longo do dia, assim como no petróleo (embora depois o petróleo tenha reagido), estimularam a atividade na ponta vendedora.
Os contratos com entrega em julho/2020 fecharam no dia a 60,52 centavos de dólar por libra-peso, queda de 0,29 centavo, ou de 0,5%. Dezembro fechou a 60,02 centavos, com desvalorização de 0,35 centavo, ou de 0,6%.
CÂMBIO
O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 0,78%, sendo negociado a R$ 4,8940 para venda e a R$ 4,8920 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,8560 e a máxima de R$ 4,9420.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) – Agência SAFRAS
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