Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, a tendência é que o mercado comece a precificar um cenário de encolhimento da demanda, tanto no Brasil quanto no exterior, e de uma temporada (2020/21) que deve contar com a maior oferta de algodão da história brasileira. Os estoques de passagem são estimados em 464 mil toneladas, que somados a uma produção de 2,865 milhões de toneladas, geram um montante de 3,329 milhões de toneladas, contra 3,306 milhões de toneladas da temporada 2019/20.
NY
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures) para o algodão fechou com preços mistos nesta quinta-feira.
Em mais uma sessão volátil, em que o mercado buscou direcionamento e notícias, as cotações fecharam sob pressão da pandemia do coronavírus e as apreensões em torno dos impactos nas economias e na demanda pelos produtos, especialmente o algodão. Os dados das exportações semanais norte-americanas foram negativos. Ainda assim, fatores técnicos sustentaram ganhos em boa parte das posições.
As vendas líquidas norte-americanas de algodão (upland), referentes à temporada 2019/20, iniciada em 1o de agosto, ficaram negativas em 183.800 fardos na semana encerrada em 9 de abril. O maior importador foi a Malásia, com 36.600 fardos. Para a temporada 2020/21, ficaram em 71.800 fardos. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Os contratos com entrega em maio/2020 fecharam no dia a 52,79 centavos de dólar por libra-peso, alta de 0,04 centavo, ou de 0,1%. Julho fechou a 53,02 centavos, com avanço de 0,22 centavo, ou de 0,4%.
CÂMBIO
O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 0,22%, sendo negociado a R$ 5,2550 para venda e a R$ 5,2530 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,2030 e a máxima de R$ 5,2690.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) – Agência SAFRAS
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