Porto Alegre, 02 de dezembro de 2020 – A Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures) para o algodão fechou com preços mais baixos nesta quarta-feira.
O mercado voltou a ser pressionado no dia, segundo traders, pelo bom avanço da colheita nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de algodão. Até 29 de novembro, a área colhida era apontada em 84%. Em igual período do ano passado, o número estava em 82% e a média dos últimos cinco anos é de 79%. Na semana passada, o número era de 77%.
O adido agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília está estimando a produção de algodão do Brasil na safra 2020/21 em 12,06 milhões de fardos (2,63 milhões de toneladas), uma queda de 13% ante os 13,87 milhões de fardos (3,02 milhões de toneladas) projetados para a temporada 2019/20.
Segundo o adido, a área cultivada com algodão no Brasil deve cair de forma acentuada (de 1,67 milhão de hectares para 1,5 milhão de hectares – quase 10%) por conta do clima seco que atrasou a semeadura da soja, além de preços bastante elevados para culturas alternativas e ainda diante de alterações nas dinâmicas de preços e custos de produção da fibra.
Conforme o adido, o consumo doméstico de algodão no Brasil deve totalizar 3 milhões de fardos (653 mil toneladas) em 2020/21, ante 2,7 milhões de fardos (588 mil toneladas) em 2019/20.
Já as exportações de algodão do Brasil devem aumentar de 8,9 milhões de fardos (1,95 milhão de toneladas) para 10 milhões de fardos (2,18 milhões de toneladas), favorecidas pela desvalorização do real, fator que aumenta a competitividade do algodão brasileiro no exterior.
Os contratos com entrega em março/2020 fecharam no dia a 71,60 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 0,59 centavo, ou de 0,8%. Maio/2021 fechou a 72,50 centavos, com queda de 0,57 centavo, ou de 0,8%.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) – Agência SAFRAS
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