Algodão fecha com baixas fortes em NY seguindo petróleo e aversão ao risco

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     Porto Alegre, 22 de junho de 2022 – A Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures) para o algodão fechou com preços acentuadamente mais baixos nesta quarta-feira. Apenas a posição julho fechou com ligeiro avanço, mais uma vez. Julho está em rolagem de contratos diante do vencimento próximo da posição.

     A forte desvalorização do petróleo e a aversão ao risco nos mercados, com baixas nas bolsas de valores em meio às preocupações com inflação e recessão globais, pressionaram o algodão, que atingiu as mínimas em 3 meses. No algodão, há o temor de redução no consumo pela desaceleração da economia. Com a queda do petróleo, o algodão recebe pressão baixista diante da concorrência com fibras sintéticas.

     As condições das lavouras, no relatório divulgado pelo USDA nesta terça-feira, mostraram piora nos Estados Unidos, o que seria fator altista. Mas, o mercado se “apega” no momento mais às preocupações financeiras e segue o petróleo e outros indicadores.

     O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) colocou que, até 19 de junho, 40% das lavouras estavam entre boas e excelentes condições, 34% em situação regular e 26% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana passada, eram 46%, 35% e 19%, respectivamente.

     Já o plantio se encaminha com maior tranquilidade para o final. Até 19 de junho, a área plantada era apontada em 96%. Em igual período do ano passado, o número estava em 95% e a média dos últimos cinco anos é de 95%. Na semana passada, os trabalhos atingiam 90%.

     Os contratos com entrega em julho/2022 fecharam o dia a 143,63 centavos de dólar por libra-peso, alta de 0,12 centavo, ou de 0,1%. Dezembro fechou a 107,85 centavos, desvalorização de 6,00 centavos, ou de 5,3%.

     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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