Porto Alegre, 3 de julho de 2020 – O mercado doméstico de algodão encerrou o mês de junho com preços firmes, mas mantendo-se como a pluma mais acessível entre os principais fornecedores globais. “Isto foi possível em função da valorização do dólar em relação ao real e do avanço das cotações da pluma na Bolsa de Nova York”, explica o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento.
A média do CIF das indústrias paulistas fechou o mês de junho em R$ 2,72 por libra-peso. Quando comparado ao mesmo período do ano passado, acumulava alta de 0,74%. No FOB exportação do porto de Santos/SP, a indicação fechou o mês em 50,28 centavos de dólar por libra-peso (c/lb), com queda de 1,32% em relação ao mês anterior. Na comparação com contrato de maior liquidez da pluma negociado na Bolsa de Nova York (dez/00), o produto brasileiro estava 16,5% mais acessível. Há um mês, era 12,4% mais acessível.
“Esses números mostram que, mesmo com a alta dos preços em reais, o produto brasileiro aumentou a margem de competitividade em relação ao norte-americano”, pondera Bento.
A competitividade brasileira é garantida basicamente pelo comportamento cambial. “Para se ter uma ideia, de junho de 2014 até os dias atuais os preços em dólar na Bolsa de Nova York apresentam uma queda acumulada de 24%. No mesmo período, convertendo-se essas cotações para a moeda brasileira, a alta acumulada é de 66%”, completa o analista.
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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