Porto Alegre, 10 de abril de 2023 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com preços acentuadamente mais altos. O mercado chegou a registrar perdas no começo do dia, mas reverteu o cenário a medida que se posiciona frente ao relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que sai nesta terça-feira (11), a partir das 13h (horário de Brasília).
Além disso, com a previsão do aumento da produção da safra brasileira e o corte na safra da Argentina, a demanda do cereal norte-americano seria favorecida. A baixa do petróleo, a força do dólar frente a outras moedas e as fracas inspeções semanais dos Estados Unidos limitaram os ganhos na sessão.
As inspeções de exportação norte-americana de milho chegaram 805.167 toneladas na semana encerrada no dia 6 de abril conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava 950 mil toneladas. Na semana anterior, haviam atingido 1.098.461 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 1.474.547 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1o de setembro, as inspeções somam 20.174.710 toneladas, contra 32.060.540 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam que os estoques finais de passagem da safra 2022/23 norte-americanos devem ser indicados em 1,316 bilhão de bushels, ante os 1,342 bilhão de bushels registrados no mês passado.
Para a safra global 2022/23, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 295,1 milhões de toneladas, ante as 296,5 milhões de toneladas apontadas em março.
A safra do Brasil em 2022/23 deve ser apontada em 126,4 milhões de toneladas, acima das 125 milhões de toneladas previstas em março. Para a safra da Argentina 2022/23, a expectativa é de uma produção de 37 milhões de toneladas, contra as 40 milhões de toneladas indicadas no mês passado.
Na sessão, os contratos de milho com entrega em maio fecharam a US$ 6,54 por bushel, alta de 10,50 centavos de dólar, ou 1,63%, em relação ao fechamento anterior. A posição julho fechou a sessão a US$ 6,30 1/2 por bushel, avanço de 10,75 centavo de dólar, ou 1,73%, em relação ao fechamento anterior.
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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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