Açúcar renova máximas de seis anos em NY em fevereiro em meio a preocupações com oferta

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    Porto Alegre, 03 de março de 2023 – As cotações internacionais do açúcar apresentaram intensa volatilidade ao longo de fevereiro, quando chegaram a renovar máximas de mais de seis anos. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), balizadora do mercado, os contratos com entrega em março de 2023 fecharam a sessão do dia 28 de fevereiro a 22,08 centavos de dólar por libra-peso, ante 21,76 centavos em 31 de janeiro, alta de 1,5%. Ao longo de fevereiro, oscilaram entre uma mínima de 20,84 centavos (no dia 06) e uma máxima de 22,08 centavos no dia 27, considerando os valores de fechamento. Nas intradiárias da sessão do dia 27, alcançaram o patamar de 22,14 centavos, a maior cotação desde novembro de 2016.

O mercado continuou a obter suporte pelo aperto de oferta de curto prazo, com o prêmio do contrato março para o maio ficando em cerca de 1,70 centavo no dia do vencimento do primeiro. A perspectiva de queda da produção na Índia ajudou a elevar os preços, assim como os comentários sobre a menor produção no México.

A Índia deve produzir 33,5 milhões de toneladas de açúcar na temporada até 30 de setembro deste ano, uma queda de 2,9% em relação à previsão anterior de 34,5 milhões de toneladas, disse uma importante entidade comercial do país.

Notícias sobre o Brasil restabelecendo impostos federais sobre combustíveis, com uma alíquota maior sobre a gasolina e menor sobre o etanol, também foram favoráveis para as cotações futuras do açúcar. Um mercado maior para o etanol no Brasil pode reduzir a produção de açúcar do país ao longo da safra 2023/24.

OIA reduz projeção para superávit global em 2022/23 a 4,2 mi t

A Organização Internacional do Açúcar (OIA) cortou nesta sexta-feira sua previsão para o tamanho do superávit global de açúcar na temporada 2022/23, motivada principalmente pela produção abaixo do esperado.

O relatório trimestral do órgão intergovernamental projetou um superávit global de 4,2 milhões de toneladas em 2022/23 (outubro a setembro), abaixo da previsão anterior de 6,2 milhões divulgada em novembro de 2022.

A produção global em 2022/23 foi estimada em 180,4 milhões de toneladas, abaixo da projeção anterior de 182,1 milhões, enquanto o consumo sofreu uma modesta revisão para 176,3 milhões de toneladas, de 176,0 milhões.

Com informações da Reuters

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     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS

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