Porto Alegre, 17 de maio de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços estáveis durante a semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, não houve espaço para recuperação, em meio a sinalização de boa oferta disponível e pela tendência de reposição um pouco mais lenta até o fechamento do mês.
De acordo com o analista, o setor também deve se atentar no nível de alojamento ao longo das próximas semanas, fundamental para formação dos preços. “A situação do Rio Grande do Sul permanece difícil. A questão da logística levará bom tempo para ser recuperada, considerando o grande estrago em rodovias e pontes provocada pelas cheias”, ressalta.
Em relação a Influenza Aviária, Iglesias lembra que até o momento são 164 focos da doença ocorridos no Brasil, sendo 161 em animais selvagens e 3 focos da doença em aves de fundo de quintal.
“No mercado atacadista, a tendência é de maior dificuldade para avanços de preços no curto prazo, considerando que o processo de descapitalização das famílias pode impactar o consumo na ponta final, o que impacta a dinâmica da reposição entre atacado e varejo”, explica. “O ponto positivo é que os cortes do frango estão bastante competitivos frente a carne bovina e carne suína, produtos substitutos. O alto fluxo de exportações segue fundamental para o enxugamento da disponibilidade doméstica”, conclui Iglesias.
Preços internos
Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito teve alta de R$ 9,60 para R$ 9,70, o quilo da coxa de R$ 6,40 para R$ 6,50 e o quilo da asa de R$ 9,90 para R$ 10,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito subiu de R$ 9,80 para R$ 9,90, o quilo da coxa continuou em R$ 6,60 e o quilo da asa cresceu de R$ 10,10 para R$ 10,20.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito avançou de R$ 9,70 para R$ 9,80, o quilo da coxa de R$ 6,50 para R$ 6,60 e o quilo da asa de R$ 10,00 para R$ 10,10. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve valorização de R$ 9,90 para R$ 10,00, o quilo da coxa ficou em R$ 6,70 e o quilo da asa foi de R$ 10,20 para R$ 10,30.
O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 4,85, e em São Paulo, em R$ 4,80.
Na integração catarinense a cotação do frango ficou em R$ 4,40. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,55 e, na integração do Rio Grande do Sul, os preços continuaram em R$ 4,70.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango ficou em R$ 4,70, em Goiás em R$ 4,75 e, no Distrito Federal, em R$ 4,80.
Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 6,00, no Ceará em R$6,10 e, no Pará, em R$ 6,00.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 295,622 milhões em maio (7 dias úteis), com média diária de US$ 42,231 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 169,394 mil toneladas, com média diária de 24,199 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.745,20.
Em relação a maio de 2023, houve alta de 18,8% no valor médio diário, avanço de 32,9% na quantidade média diária e recuo de 10,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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