Abrapa apresenta modelo de certificação do algodão brasileiro

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    Porto Alegre, 27 de agosto de 2020 – O Brasil é líder global no fornecimento de algodão sustentável, com 36% de participação no montante licenciado pela ONG suíça Better Cotton Initiative (BCI), na safra 2018/2019. Para mostrar o que foi preciso fazer para alcançar este status e os novos passos do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou, nesta quarta-feira (26), do lançamento do Núcleo de Sustentabilidade e Economia Circular do SENAI/CETIQT/NuSEC.

     “Esta iniciativa se reveste de uma enorme importância em função da questão estratégica da economia circular para o desenvolvimento do nosso setor, não apenas no atendimento da demanda local, mas também para o cenário mundial”, destacou o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e da Confecção (Abit), Fernando Pimentel.  

     Na ocasião, a Abrapa apresentou, para um público formado por representantes da indústria têxtil e de confecção, da moda e empresas ligadas à inovação, o pilar da sustentabilidade, um dos quatro fundamentos da associação (junto com qualidade, rastreabilidade e promoção).E, no viés da sustentabilidade, a sua mais nova iniciativa, o programa ABR–UBA. Trata-se do braço do já consolidado programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que passa a certificar não mais apenas as fazendas, mas também as Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBA), também conhecidas como “algodoeiras”.

     “Este era o elo que faltava para tornarmos potencialmente rastreável toda a cadeia produtiva da fibra no Brasil. Poderemos acompanhar passo a passo o tempo de vida de uma roupa feita de algodão, desde a matéria prima até a prateleira. Contudo, isso não depende apenas da vontade dos produtores. Todas as etapas produtivas devem se engajar neste propósito”, afirmou o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, que representou a entidade na ocasião. 

     De acordo com Portocarrero, com o ABR-UBA, já é possível assumir, que “da lavoura ao beneficiamento, o algodão brasileiro tem um programa de certificação, reconhecido pelo rigor e idoneidade, e que se respalda nas legislações Trabalhista e Ambiental do Brasil, das mais completas, complexas e avançadas do mundo”.

     O ABR-UBA é uma evolução do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que se restringia à certificação das propriedades rurais. As “algodoeiras” – a primeira das etapas industriais pelas quais passa a matéria-prima até chegar ao consumidor final – eram o único elo da cadeia produtiva no Brasil que ainda carecia de uma certificação. Baseado no conceito da sustentabilidade, em seus pilares ambiental, social e econômico, o ABR-UBA estabelece parâmetros a serem cumpridos, que serão auditados para a certificação. As informações são da Abrapa.

     Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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