Porto Alegre, 02 de dezembro de 2022 – A receita diária média obtida com as exportações brasileiras de açúcar e outros melaços atingiu US$ 83,168 milhões em novembro, com vinte dias úteis, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Já o volume médio diário de exportações chegou a 203,735 mil toneladas.
Foram exportadas 4.074.709 toneladas de açúcar na parcial de novembro, com receita de US$ 1,663 bilhão e um preço médio de US$ 408,30 por tonelada.
Na comparação com a média diária de novembro de 2021, de US$ 48,980 milhões, houve alta de 69,8% no valor obtido diariamente pelas exportações de açúcar em novembro de 2022.
Em volume, houve alta de 45,4%, ante as 140,111 mil toneladas diariamente embarcadas em novembro de 2021. Já o preço médio subiu 16,8%, ante os US$ 349,60 por tonelada verificados em novembro de 2021.
Em volume, a exportação de açúcar em novembro cresceu 35% na comparação com as 2,662 milhões de toneladas embarcadas no mesmo mês de 2021. Já a receita aumentou 78% na comparação com os US$ 930 milhões obtidos em novembro de 2021.
USDA
A produção global de açúcar deverá crescer para 183,150 milhões de toneladas na temporada 2022/23, ante 180,348 milhões de toneladas em 2021/22, ou 1,55%, conforme estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgada em novembro.
Em maio, a estimativa era de uma produção de 182,891 milhões de toneladas.
Em seu relatório semestral de acompanhamento do mercado internacional de açúcar, o USDA projetou que a demanda global do adoçante totalizará 176,374 milhões de toneladas em 2022/23, ante as 173,240 milhões de toneladas apontadas para 2021/22 (alta de 1,8%).
Em maio, o consumo global fora projetado em 178,843 milhões de toneladas.
Assim, o mercado internacional de açúcar terá que lidar com um excedente de oferta de 6,776 milhões de toneladas em 2022/23, após superávit de 7,108 milhões de toneladas em 2021/22.
Em maio, o excedente global de oferta para 2022/23 fora projetado em 4,048 milhões de toneladas.
Conforme o USDA, apesar de uma redução em relação ao relatório de seis meses atrás, o consumo global de açúcar vai alcançar um novo recorde em 2022/23, puxado por crescimentos na demanda em países como a China, Indonésia e Rússia.
Do lado da produção, o crescimento de 2,8 milhões de toneladas projetado para o mundo em 2022/23 é esperado a partir da alta na produção da Brasil, China e Rússia, que mais do que compensará quedas na Índia, Ucrânia e União Europeia.
A produção brasileira deve aumentar 2,6 milhões de toneladas, para 38,1 milhões de toneladas, diante de melhora na produtividade agrícola dos canaviais a partir de um clima mais favorável. O mix produtivo deve permanecer inalterado, em 45% açúcar e 55% etanol.
Na Índia, a produção de açúcar deverá cair 3%, para 35,8 milhões de toneladas em 2022/23, por conta de queda na produtividade da cana. Na União Europeia, a produção estimada para 2022/23 é de 16,2 milhões de toneladas, 329 mil toneladas a menos que no ano anterior, uma vez que os produtores reduziram a área cultivada com beterraba em favor de culturas mais rentáveis, como o milho e o girassol.
Acompanhe a Agência Safras no nosso site. Siga-nos também no Instagram, Twitter e SAFRAS TV e fique por dentro das principais notícias do agronegócio!
Veja também, em vídeo, um breve comentário sobre como terminou o mês de novembro no mercado internacional de açúcar:
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2022 – Grupo CMA