Porto Alegre, 28 de novembro de 2025 – O mês de novembro foi positivo para os preços da suinocultura brasileira. Segundo o analista e consultor da Safras & Mercado, Allan Maia, na primeira quinzena observou-se alguma valorização para o vivo e cortes do atacado, porém de forma comedida, sem movimentos expressivos. O fluxo de negócios melhorou um pouco, com avanço moderado na reposição e no consumo.
O analista ressalta que, já na segunda quinzena, o ritmo perdeu intensidade. Os frigoríficos atuaram de maneira mais cautelosa nas compras, demonstrando resistência frente aos preços e avaliando o cenário com maior prudência, especialmente diante da acomodação nos cortes. Além disso, suinocultores sinalizaram uma oferta controlada de animais ao longo do mês.
“Em relação a exportação, novembro vem apresentando desempenho mais fraco, com volumes abaixo da média anterior (setembro e outubro). Ainda assim, o setor deve encerrar o mês com números positivos”, afirmou.
Para dezembro, a expectativa de Maia é de melhora no consumo interno, impulsionada por fatores sazonais como pagamento de salários, 13o e festividades de fim de ano. “Esses elementos podem contribuir para maior movimentação no varejo e, consequentemente, na cadeia produtiva”, conclui.
Preços
Levantamento de Safras & Mercado apontou que o mercado de suíno vivo no Brasil registrou queda nos preços em novembro nas principais praças do país. A média de preços do Centro-Sul subiu 0,71%, passando de R$ 7,87 para R$ 7,93 por quilo.
A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado aumentou 0,64%, passando de R$ 13,40 para R$ 13,49. A carcaça teve valorização de 1,41%, passando de R$ 12,38 para R$ 12,56.
A análise mensal de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo ficou em R$ 166,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo continuou em R$ 6,75 e no interior do estado foi de R$ 8,40 para R$ 8,45.
Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração seguiu em R$ 6,70 e no interior catarinense de R$ 8,40 para R$ 8,40. No Paraná, o preço do quilo vivo registrou estabilidade de R$ 8,40 no mercado livre e, na integração, permaneceu em R$ 6,90.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve continuidade em R$ 8,00 e, na integração, estabilidade de R$ 6,70. Em Goiânia, os preços avançaram de R$ 8,00 para R$ 8,20. No interior de Minas Gerais, os preços tiveram valorização de R$ 8,20 para R$ 8,50 e, no mercado independente, de R$ 8,50 para R$ 8,70. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis continuou em R$ 8,00 e, na integração do estado, em R$ 7,20.
Exportações
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 188,287 milhões em novembro (14 dias úteis), com média diária de US$ 13,449 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 75,128 mil toneladas, com média diária de 5,366 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.506,2.
Em relação a novembro de 2024, houve recuo de 6,5% no valor médio diário, baixa de 5,3% na quantidade média diária e queda de 1,3% no preço médio.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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