São Paulo, 13 de novembro de 2025 – Os licenciamentos totais de veículos – que incluem automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus – somaram 260.717 unidades, informou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), queda de 1,6% na comparação com o mesmo mês de 2025, quando houve emplacamento de 264.949 unidades. Ante setembro deste ano, houve aumento de 7,2%.
No acumulado do ano, os emplacamentos totais somaram 2,171,654 de unidades, alta de 2,2% frente ao mesmo período de 2024.
Já licenciamentos de automóveis e comerciais leves recuaram 0,8% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado, a 248.083 unidades. Na comparação mensal, houve alta de 7,2%.
De janeiro a outubro, foram emplacados 2.057.264 unidades de automóveis e comerciais leves, alta de 2,7% em relação ao mesmo período de 2024.
A venda de caminhões recuou 12,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, com o emplacamento de 10.664 unidades e avanço de 8% ante setembro de 2025. No acumulado do ano, por sua vez, houve queda de 8,3%, a 94.730 caminhões.
No setor de ônibus, os emplacamentos caíram 23,5% em base anual, a 1.970 unidades. Em relação ao mês anterior, a venda de ônibus teve alta de 0,8%. No acumulado do ano, houve crescimento de 7,2%, a 19.660 unidades.
Exportações
A receita com as exportações totais de veículos automotores e de máquinas agrícolas produzidas no Brasil somou US$ 1 bilhão em outubro, queda de 14,5% ante o mesmo mês do ano passado, quando a receita foi de US$ 1,2 bilhão. Na comparação com setembro, também houve recuo, de 22,2%, segundo a Anfavea.
No acumulado do ano, a receita com as exportações totais de veículos automotores e de máquinas agrícolas produzidas no Brasil totalizou US$ 11,9 bilhões, alta de 31,6% na comparação anual.
Produção
A produção total de veículos – que inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus – atingiu 247.770 unidades no mês de outubro, apontando baixa de 0,5% ante o mesmo mês de 2020. Na comparação mensal, houve aumento de 1,8%, de acordo com a associação.
Já a produção de veículos leves foi de 235.476 unidades em outubro, crescimento de 1,5% em base anual e, de 2,2% em base mensal.
No acumulado do ano, a produção total cresceu 5,2% para 2.234.395 unidades, enquanto a produção de veículos leves nos 10 meses deste ano cresceu 6,2% para 2.099.439 unidades, na comparação anual.
Emprego
A quantidade de postos de trabalho na indústria automotiva subiu 3,3% em outubro na comparação anual, para 110.910 mil posições. Na comparação mensal, houve queda de 0,4%, informou a Anfavea.
Produção e vendas repetem patamares de outubro de 2024, indicando cenário de crescimento moderado em 2025
O recorte isolado dos índices de outubro é positivo, mas a comparação com o mesmo mês do ano passado indica um cenário desafiador para que o setor automotivo brasileiro continue crescendo no mesmo ritmo dos anos anteriores. O mercado interno, por exemplo, apresentou o resultado mais robusto em 12 meses, com 260,7 mil autoveículos emplacados, alta de 7,2% sobre setembro. Mas em relação ao mesmo mês de 2024, houve retração de 1,6%.
Pelo terceiro mês seguido, a média diária de vendas foi menor que no mesmo período do ano anterior. As 155 mil unidades vendidas desde o início de programa Carro Sustentável, com alta de 20,5% para os modelos habilitados, impediram uma queda maior do varejo de automóveis nacionais, de acordo com o balanço da Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. No acumulado do ano, as 2,172 milhões de unidades emplacadas representam alta de apenas 2,2% sobre o mesmo período de 2024, puxada por um crescimento de 9,9% nas vendas diretas e recuo de 3,3% no canal do varejo, impactado pela prolongada alta dos juros.
Até mesmo as vendas de importados tiveram recuo de 1,3% na comparação com outubro de 2024, embora o acumulado do ano ainda registre forte elevação de 8,9%, com 402,1 mil unidades emplacadas. Os modelos vindos da China de destacam pela alta de 52,9%, enquanto os veículos argentinos tiveram baixa de 5,2% nesses 10 meses de 2025.
A produção segue num ritmo um pouco melhor que o de vendas. O volume total foi prejudicado pela paralisação de uma empresa, em função dos danos causados por uma forte tempestade em uma fábrica de motores. Ao todo, 247,8 mil unidades deixaram as linhas de montagem no país, patamar similar ao de setembro deste ano e de outubro de 2024. A produção acumula 2,234 milhões de veículos leves e pesados neste ano, elevação de 5,2%.
Caminhões continuam impedindo um melhor resultado dos números gerais de produção. O volume que deixou de ser produzido nos últimos três meses equivale a um mês inteiro de produção, em tempos de normalidade. A questão dos financiamentos, portanto, segue prejudicando fortemente o mercado de caminhões e o seu ritmo produtivo.
Voltando ao mercado total de autoveículos, nem mesmo as exportações trouxeram bons resultados para o mês de outubro, como vinha ocorrendo ao longo de todo este ano. As 40,6 mil unidades embarcadas em outubro representaram decréscimo de 22,7% sobre setembro. Boa parte dessse recuo se deveu à instabilidade do comércio com a Colômbia, que havia suspendido o acordo de livre comércio, levando a uma queda de 92% nos envios àquele país.
Felizmente, após forte atuação da Anfavea, das associadas e do governo brasileiro, o acordo com a Colômbia foi renovado por um ano, permitindo que nos próximos meses os embarques sejam regularizados para este que é o terceiro maior destino das importações brasileiras, afirmou Igor Calvet, presidente da Anfavea. No total do ano, as exportações para todos os mercados atingiram 471,4 mil unidades, alta de 43,8% sobre o ano passado.
Com informações da assessoria de Comunicação da ANFAVEA.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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