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B3 registra alta de 3,5% no lucro líquido no terceiro trimestre de 2025, que soma R$ 1,2 bilhão

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São Paulo, 12 de novembro de 2025 – A B3 S.A. (B3SA3) divulga na terça-feira (11), após o fechamento dos mercados, os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2025. A receita total atingiu R$ 2,8 bilhões, alta de 2,0% em relação ao terceiro trimestre de 2024 e de 0,8% em comparação com o segundo trimestre de 2025. O lucro líquido foi de R$ 1,2 bilhão, alta de 3,5% em relação ao terceiro trimestre de 2024, e o lucro líquido por ação foi de R$ 0,24, um crescimento de 11,6%.

No período, a B3 distribuiu R$ 1,3 bilhão aos seus acionistas, sendo R$ 875,1 milhões em recompras e R$ 402,5 milhões em juros sobre capital próprio (JCP). No acumulado do ano, já foram recompradas 125 milhões de ações, representando 2,3% do capital social da companhia. As despesas somaram R$ 841,0 milhões, alta de 1,2% em relação ao terceiro trimestre de 2024 e abaixo da inflação do período.

O desempenho da companhia foi impulsionado tanto pelo segmento de Renda Fixa e Crédito, com crescimento nas emissões e estoque dos instrumentos de Renda Fixa, quanto pelos segmentos de Dados para Mercado de Capitais e Soluções Analíticas de Dados, com aumento significativo nas receitas de produtos de dados e analytics.

Dentre os destaques do trimestre, a B3 anunciou as aquisições de 62% do capital social da Shipay, integradora de pagamentos digitais pioneira em soluções Pix, e de 60% do capital social da Central de Registro de Direitos Creditórios CRDC, em linha com sua estratégia de impulsionar inovações do mercado financeiro e oferecer soluções de infraestrutura na jornada de crédito. A aquisição da Shipay foi concluída em outubro, enquanto a aquisição da CRDC ainda aguarda aprovação regulatória.

Essas novas aquisições reforçam a nossa estratégia de ampliar a atuação como infraestrutura na jornada de crédito, especialmente no desenvolvimento de produtos e serviços para duplicatas escriturais. O mercado de duplicatas movimenta cerca de R$ 10 trilhões por ano no Brasil, e queremos liderar essa transformação. Estamos construindo uma plataforma completa e robusta com soluções inteligentes agregadas, que irão trazer mais oportunidades de negócios para os nossos clientes, explica André Veiga Milanez, diretor-executivo Financeiro, Administrativo e de Relações com Investidores da B3.

Na agenda de produtos, a B3 lançou o Indice Tesouro Selic e o Indice Futuro de Ouro. Além disso, também lançou um programa de Formador de Mercado de Títulos Públicos Federais para o mercado secundário de renda fixa, para fomentar a liquidez na plataforma de negociação eletrônica Trademate.

Em setembro, a B3 concluiu a 10 emissão de debêntures no valor de R$ 2,6 bilhões, com custo de CDI + 0,45% ao ano e prazo de cinco anos. Os recursos captados foram utilizados para o resgate antecipado da 7 emissão, que tinha custo de CDI + 1,05% ao ano. Essa emissão faz parte da otimização da estrutura de capital da companhia e não altera a projeção de alavancagem financeira para 2025.

Mercados

O segmento Mercados obteve receita total de R$ 1,8 bilhão, queda de 2,8% em comparação com o terceiro trimestre de 2024 e de 1,8% em relação ao segundo trimestre de 2025.

No segmento de Renda Fixa e Crédito, os juros elevados e o desenvolvimento do mercado de dívida local continuaram a impulsionar o crescimento, com altas de 12,5% em emissões e de 17,3% no estoque de instrumentos de renda fixa, em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo R$ 8,4 trilhões em custódia.

O volume de novas emissões de instrumentos de captação bancária cresceu 11,1%. A alta se deve especialmente ao aumento de 13,6% nas emissões de CDBs, que representaram 76,5% das emissões de instrumentos de captação bancária no período. O estoque médio de instrumentos de captação bancária teve crescimento de 15,2%, enquanto o estoque de dívida corporativa teve alta de 19,6%. Os volumes de LCI e LCA tiveram altas de 34,2% e 25,2%, respectivamente.

O Tesouro Direto teve aumento de 18,4% no número de investidores e de 30,2% no estoque médio. Já a receita de empréstimo de ativos totalizou R$ 76,8 milhões, alta de 15,9%, refletindo as melhorias operacionais promovidas para fomentar o mercado de empréstimo de ativos de pessoas físicas.

Em Derivativos, o volume médio diário negociado (ADV) somou 9,3 milhões de contratos, queda de 18,3% em relação ao mesmo período do ano passado, parcialmente compensada pelo aumento de 10,9% na receita por contrato (RPC) média. Em Derivativos de Balcão, houve crescimentos de 11,7% no volume de emissão e de 17,1% no estoque.

No mercado de ações à vista, o volume de BDRs teve crescimento de 41,3% no período e, somado aos volumes de ETFs e Fundos Listados, representaram 16% do volume médio diário de negociação (ADTV) do mercado à vista no trimestre, contra 14% no mesmo trimestre do ano passado. O ADTV do mercado de ações apresentou redução de 6,5%, influenciado principalmente pela queda de 8,5% no volume negociado de ações.

Mesmo com o cenário de juros elevados impactando o mercado de ações, percebemos um mercado mais maduro, com contínuo crescimento no número de investidores e produtos mais sofisticados, como fundos imobiliários, ETFs e BDRs avançando nas estratégias de diversificação, comenta Milanez.

Soluções para Mercado de Capitais

O segmento obteve receita total de R$ 161,7 milhões, crescimento de 5,4% em comparação com o terceiro trimestre de 2024 e de 1,2% em relação ao segundo trimestre de 2025.

As receitas de Dados para Mercado de Capitais somaram R$ 75,3 milhões, com alta de 10,1%, principalmente pelo aumento de receita do DataWise+. As receitas da Depositária para Mercado à Vista somaram R$ 52,9 milhões, alta de 13,8%, explicada por um maior saldo médio na depositária no período e pela nova tarifação de renda variável, que equalizou a cobrança do saldo em custódia para investidores locais e estrangeiros. O número médio de investidores cresceu 3,8%.

Soluções Analíticas de Dados

A receita do segmento foi de R$ 291,4 milhões, crescimento de 18,2% em comparação com o terceiro trimestre de 2024 e de 12,8% em relação com o segundotrimestre de 2025.

O número de veículos vendidos no Brasil aumentou 18,2%, no trimestre, enquanto o número de financiamentos aumentou 3,0%. A B3 atua como operadora do Sistema Nacional de Gravames (SNG), a maior base privada do país, que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo o território nacional. As receitas do trimestre ficaram em R$ 155,9 milhões, aumento de 18,2%, explicado pelo crescimento no número de financiamentos de veículos, e pela maior receita proveniente da plataforma desenvolvida para clientes no serviço de correspondente bancário.

O segmento de Plataformas e Dados Analíticos teve receita de R$ 135,6 milhões, alta de 18,1%, explicada principalmente pelo crescimento de receitas recorrentes das verticais de Crédito, Prevenção de Perdas e Seguros.

Tecnologia e Plataformas

A receita total do segmento foi de R$ 481,5 milhões, crescimento de 13,0% em comparação com o terceiro trimestre de 2024 e de 4,5% em relação ao segundo trimestre de 2025.

A quantidade média de clientes do serviço de utilização mensal dos sistemas de Balcão aumentou 4,0%, resultado principalmente do crescimento da indústria de fundos no Brasil. As receitas de Tecnologia somaram R$ 322,2 milhões, alta de 9,6%, refletindo tanto o aumento do número de clientes do segmento Balcão quanto as correções anuais de preços pela inflação.

Os Serviços de Apoio ao Mercado tiveram receitas de R$ 142,9 milhões, alta de 29,6%, explicada principalmente pelos aumentos de 7,7% e 13,6% no volume de emissões e no estoque médio de cotas de fundos, respectivamente.

“Por mais um trimestre, o modelo de negócios diversificado da B3 demostrou seu valor. Os resultados mostraram uma performance operacional robusta e crescimento em praticamente todas as linhas de negócio, o que compensou a queda nas receitas dos segmentos de renda variável e derivativos. Além disso, reforçamos a disciplina no controle de despesas sem comprometer o lançamento de produtos e a modernização de plataformas e soluções, diz Milanez.

O documento com as informações completas sobre os resultados operacionais para o terceiro trimestre de 2025 está disponível no site de RI da B3.

Podcast RI B3 3T25

Os comentários de André Veiga Milanez, diretor-executivo Financeiro, Administrativo e de Relações com Investidores, e Fernando Tavares de Campos, superintendente de Relações com Investidores, sobre os resultados financeiros da B3 no 3º trimestre de 2025, estão disponíveis no canal da B3 no YouTube.

As informações partem da B3.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

Copyright 2025 – Grupo CMA

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