São Paulo, 11 de novembro de 2025 – A São Martinho (SMTO3) reportou lucro líquido de R$ 176,4 milhões no segundo trimestre da safra 2025/26 (encerrado em setembro), queda de 5,9% ante igual período do ano anterior, quando o resultado foi de R$ 187,45 milhões.
A receita líquida da companhia também recuou, ficando em R$ 1,74 bilhão, baixa de 11,3% na comparação com o segundo trimestre de 2025, decorrente dos menores preços e volumes comercializados de açúcar e de etanol, parcialmente compensado pela expansão das receitas de Cogeração (+37,9%), Levedura (+77,8%) e DDGs (+16,1%). No 6M26, a receita líquida atingiu R$ 3.597,2 milhões, em linha com 6M25, reflexo de maiores preços e volumes comercializados de etanol, além da expansão de receitas dos Energia Elétrica (+27,1%) e coprodutos, contraposto pela menor receita de açúcar.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado caiu 13,4%, para R$ 816,9 milhões no intervalo.
Em 30 de setembro de 2025, a Dívida Líquida da Companhia atingiu R$ 5,4 bilhões (+9,7% vs. março/25). A expansão do endividamento líquido reflete as novas captações e a amortização contínua de Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), além do avanço dos desembolsos do BNDES para projetos de investimento.
Operacional
No lado operacional, no primeiro semestre da Safra 2025/26, a São Martinho processou aproximadamente 17,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, uma redução de 1,8% em relação a 6M25, em função da menor produtividade agrícola (-7,4%), impactada pelo clima mais seco, observado de janeiro a maio de 2025.
Nos 6M26, as operações de cana-de-açúcar produziram aproximadamente 1,2 milhões de toneladas de açúcar (+6,8%) e 817,3 mil metros cúbicos de etanol (-11,4%). O processamento de milho adicionou 116,7 mil metros cúbicos de etanol (+6,4%), 75,3 mil toneladas de DDGS (+6,1%) e 4,1 mil toneladas de Óleo de Milho (+3,4%). A operação combinada de cana-de-açúcar e processamento de milho produziu, ao final do 2T26, um total de 2.622,8 mil toneladas de ATR (-4,0%), das quais 2.419,1 mil toneladas foram advindas da moagem de cana-deaçúcar (-4,8%). O ATR médio apresentou uma retração de 3,0% no período.
Guidance
Nas operações de cana-de-açúcar estima-se um total de 3.027,5 mil toneladas de Açúcar Total Recuperável (ATR produzido) a serem produzidas no 12M26, -4,2% em relação ao Guidance de 23 de junho de 2025 (Guidance inicial), efeito da moagem de 22,0 milhões de toneladas de cana (uma redução de 2,7% em relação ao Guidance inicial), e um ATR médio de 137,6 Kg/ton (1,6% abaixo do Guidance inicial).
A expectativa de menor ATR produzido deriva das condições climáticas adversas, notadamente, da menor ocorrência de chuvas entre janeiro e maio/25, que prejudicaram a produtividade do canavial (em toneladas de cana por hectare) e ATR médio da São Martinho, assim como do setor, para 12M26.
O mix de produção assume caráter mais alcooleiro, com destinação de 49% dos açúcares totais recuperáveis à produção de açúcar, reflexo das condições de mercado do adoçante e biocombustível.
Não houve alterações nas estimativas de produção da operação de etanol de milho.
Atualização do Guidance de Produção e Capex para Safra 2025/26
A São Martinho informou a atualização das projeções de produção e de investimentos (Capex) para a Safra 2025/26 (12M26).
Nas operações de cana-de-açúcar estima-se um total de 3.027,5 mil toneladas de Açúcar Total Recuperável (ATR produzido) a serem produzidas no 12M26, -4,2% em relação ao Guidance de 23 de junho de 2025 (Guidance inicial), efeito da moagem de 22,0 milhões de toneladas de cana (uma redução de 2,7% em relação ao Guidance inicial), e um ATR médio de 137,6 Kg/ton (1,6% abaixo do Guidance inicial).
A expectativa de menor ATR produzido deriva das condições climáticas adversas, notadamente, da menor ocorrência de chuvas entre janeiro e maio/25, que prejudicaram a produtividade do canavial (em toneladas de cana por hectare) e ATR médio da São Martinho, assim como do setor, para 12M26.
O mix de produção assume caráter mais alcooleiro, com destinação de 49% dos açúcares totais recuperáveis à produção de açúcar, reflexo das condições de mercado do adoçante e biocombustível.
Não houve alterações nas estimativas de produção da operação de etanol de milho.
O Capex de Manutenção previsto para a Safra 2025/26 totaliza cerca de R$ 1,9 bilhão, uma redução de 4,0% frente ao Guidance publicado em 11 de agosto de 2025 (Guidance corrente), reflexo: i) de iniciativas voltadas à otimização e redução de custos das atividades de plantio e tratos culturais, e ii) de alterações no cronograma de manutenção agroindustrial.
Para o Capex de Melhoria Operacional estima-se um desembolso de aproximadamente R$ 104,9 milhões, representando uma redução de 16,1% em relação ao Guidance corrente. A menor alocação reflete ajustes realizados no cronograma de reposições de frota agrícola e industrial.
O Capex de Modernização/Expansão estimado para Safra 2025/26 soma R$ 821,0 milhões, uma redução de 6,8% vis-à-vis o Guidance corrente, decorrente do cronograma de desembolso de projetos em fase de conclusão.
O Capex Total para Safra 2025/26 está estimado em, aproximadamente, R$ 2,8 bilhões, representando uma redução de 5,3% frente ao Guidance corrente.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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