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Qualidade irregular do trigo e demanda contida seguram mercado brasileiro

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Porto Alegre, 7 de novembro de 2025 – A semana no mercado de trigo foi marcada pelo avanço acelerado da colheita no Sul do Brasil e por uma intensa volatilidade nas bolsas norte-americanas. Dessa forma, os negócios domésticos ocorreram de forma gradual.

Nos estados do Sul, os produtores concentraram esforços na colheita, que retomou o ritmo sob um clima mais seco após chuvas pontuais. No Rio Grande do Sul (RS), a colheita se aproximava ou ultrapassava 50% da área prevista no decorrer da semana. As atividades foram retomadas rapidamente, na tentativa de preservar o potencial produtivo remanescente.

De acordo com o analista de Safras & Mercado, Elcio Bento, apesar do avanço, a qualidade do trigo gaúcho se tornou um ponto central de discussão. Amostras indicaram boa coloração e PH satisfatórios, mas os compradores relataram limitações em força e estabilidade, e uma elevada incidência de DOM (Desoxinivalenol). Agentes reportaram cargas com DON variando entre 1.500 e 4.000, o que restringe o uso do produto.

Sobre o impacto dessas características na indústria, Bento ressaltou que esses fatores devem restringir seu uso em aplicações de maior valor agregado. “O sentimento atual é de que, apesar de fraco, o trigo está bom para a utilização das farinhas em geral. Entretanto, para pães congelados, cuja demanda vem crescendo, a aplicação é limitada”, complementou.

No Paraná (PR), a safra está na reta final, com cerca de 85% da área colhida. Embora a produtividade tenha surpreendido positivamente, o excesso de chuva recente nos Campos Gerais comprometeu parcialmente a qualidade dos grãos remanescentes, com relatos de recebimento de lotes com PH baixo.

As indicações de preço nas principais praças se mantiveram relativamente estáveis ao longo da semana, refletindo a boa oferta interna e o ritmo moderado das compras industriais. No RS, os últimos negócios saíram entre R$ 1.130 e R$ 1.150 por tonelada no CIF moinhos para o trigo pão, enquanto para o branqueador ocorreram entre R$ 1.350 e R$ 1.380 por tonelada. No Paraná, com a safra na reta final, as indicações no CIF moinhos ficam por volta de R$ 1.230 por tonelada, para pagamento em meados de dezembro.

O escoamento para exportação também foi registrado no RS, com um reporte de cerca de 35 mil toneladas negociadas a R$ 1.180/tonelada (sobre rodas, no porto de Rio Grande) no início da semana. Além disso, o déficit de produção do Paraná em relação ao consumo total (moagem, ração e semente) é estimado como o mais alto do país, superando São Paulo.

Ritiele Rodrigues – ritiele.rodrigues@safras.com.br (Safras News)

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