São Paulo, 7 de novembro de 2025 – A SLC Agrícola reportou prejuízo de R$ 14,525 milhões no terceiro trimestre de 2025 (3T25), um recuo de 16,0% em relação ao prejuízo de R$ 17,282 milhões registrado no mesmo trimestre de 2024.
Os principais fatores que contribuíram para essa variação foram: (i) incremento de R$ 343,5 milhões no lucro bruto; (ii) aumento nas despesas com vendas, gerais e administrativas e outras receitas e despesas operacionais em R$ 132,4 milhões, sendo R$ 51 milhões não recorrentes, referentes à venda para a Terrus da empresa cindida da Sierentz; (iii) resultado financeiro negativo de R$ 126,6 milhões; (iv) aumento no imposto de renda e contribuição social no valor de R$ 81,7 milhões.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cresceu 14,7% no 3T25, totalizando R$ 531,381 milhões.
Já a margem Ebitda ajustado atingiu 25,5% entre julho e setembro de 2025, queda de 2,9 ponto percentual (pp) frente a margem de 28,4% registrada em 3T24.
A receita líquida da SLC Agrícola somou R$ 2,088 bilhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 27,9% na comparação com igual etapa de 2024.
“A Receita Líquida encerrou o 9M25 com R$ 6,3 bilhões, 27,1% superior ao 9M24, representando um recorde histórico de volume e receita faturada. O EBITDA Ajustado atingiu R$ 2 bilhões, com margem EBITDA Ajustada de 32,3%. O Lucro Líquido foi de R$ 636,1 milhões, aumento de 19,3% em relação ao 9M24. O principal fator que contribuiu para essa variação foi o aumento de R$ 598,3 milhões no resultado bruto.
O fluxo de caixa livre da companhia terminou o trimestre em R$ 566,945 milhões, acima dos R$ 147,502 milhões um ano antes. No acumulado do ano, a SLC totaliza fluxo de caixa livre negativo de R$ 1,478 bilhão. Segundo a companhia, isso reflete a fase do ciclo financeiro após o pagamento do custeio da safra 2024/25 e entrada do faturamento de algodão e milho da referida safra. No período, também foi realizado o pagamento da primeira parcela referente a aquisição da Sierentz, no valor de R$442,3 milhões, bem como o recebimento da venda de parte da operação cindida para a Terrus, no valor de R$ 115,2 milhões.
Já no período acumulado de janeiro a setembro, a geração de caixa foi negativa em R$1,5 bilhão, devido ao pagamento de dividendos e investimentos estratégicos realizados no período: R$ 180 milhões relacionados a última parcela da Fazenda Paysandu; R$ 361,5 milhões relativos à aquisição da fazenda Paladino; R$ 329,3 milhões da última parcela da aquisição minoritária da SLC Landco; R$ 95 milhões correspondentes à fazenda em Unaí/MG; R$ 103 milhões referente à aquisição da participação minoritária na SLC Mit; R$ 383,2 milhões, pagamento de 60% da aquisição da Sierentz, (R$ 442,3 milhões menos valor de R$ 59 milhões, caixa da Sierentz); R$ 241 milhões referente ao pagamento de dividendos.
As vendas por culturas encerraram o 3T25 com 75,416 mil toneladas em algodão, queda de 9,5% na comparação anual; 143,741 mil em caroço de algodão, alta anual de 4,8%; em soja, aumento de 30,2% sobre o 3T24, a 177,148 mil toneladas; aumento de 80,5% em milho, a 709,174 mil toneladas Outras culturas totalizou 57,977 mil toneladas, alta de 126,0%; e gado vendeu 20,086 mil cabeças, alta de 32,4%, em base anual.
“Neste trimestre, iniciamos a safra 2025/26 com uma área de plantio estimada de 835,7 mil hectares, um crescimento de 13,6% em relação à safra 2024/25. Na safra 2025/26, a soja terá um aumento de 14,2% na sua área plantada, bem como o algodão e o milho, que terão 11,1% e 29,3% de aumento na área, respectivamente. Até o dia 4 de novembro, a área semeada de soja totalizava 268,5 mil ha, correspondendo a 62,3% da área prevista. Em relação ao custo dos principais insumos para a safra 2025/26, já asseguramos praticamente 100% dos insumos. Estamos avançando também na fixação de preços para a safra 2025/26. Já garantimos 60,2% da nossa produção de soja, somados os compromissos, 18,6% da produção de milho e 27,2% da produção de algodão”, comentou a administração da empresa, no relatório.
A relação dívida liquida em relação ao ebitda ajustado finalizou o mês de setembro de 2025 em 2,34 vezes. A dívida líquida ajustada da companhia encerrou o terceiro trimestre de 2025 em R$ 6,2 bilhões, apresentando aumento de R$ 2,5 bilhões em relação a 2024. A SLC disse que “o incremento na dívida líquida decorre, principalmente dos investimentos estratégicos realizados. Atualmente, nosso perfil de endividamento bruto está mais alongado, com 31% no curto prazo e 69% no longo prazo, e duration de 1.168 dias, o que proporciona um cronograma de amortização mais confortável.
Com isso, o conselho de administração da companhia aprovou ontem (6), um novo programa de recompra de 10 milhões de ações, essas serão mantidas em tesouraria para alienação e/ou cancelamento”, disse a empresa.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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