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Gerdau tem lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no 3º trimestre, queda anual de 24%

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São Paulo, 30 de outubro de 2025 – A Gerdau anunciou na quinta-feira (30), após o fechamento do mercado, lucro líquido ajustado de R$ 1,1 bilhão para o terceiro trimestre, uma queda de 23,9% sobre o desempenho apresentado um ano antes, com um desempenho operacional vindo praticamente em linha com o esperado pelo mercado. Na comparação trimestral, o lucro foi 26,2% superior. De acordo com a Gerdau, ambas as variações são explicadas pelas dinâmicas dos resultados operacionais e financeiros da companhia.

O resultado operacional medido pelo ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 2,7 bilhões, recuo de 9,2% na base anual. A margem ebitda ajustada caiu 2,1 pontos percentuais (pp) na comparação anual, para 15,2%. A companhia destaca o avanço de 7% no ebitda em relação ao 2T25, com destaque para o resultado da América do Norte, que representou 65% do ebitda consolidado novamente atingindo o maior patamar histórico, reforçando sua diversificação geográfica como importante diferencial estratégico.

A companhia teve receita de R$ 17,98 bilhões entre julho e o final de setembro, ante uma expectativa média do mercado de R$ 17,6 bilhões. O resultado representa um aumento de 2,6% ante o 2T25 e 3,5% acima do 3T24.

A produção de aço bruto cresceu 6% no trimestre quando comparado ao mesmo período do ano anterior, para 3,16 milhões de toneladas. As vendas de aço acompanharam o ritmo e tiveram alta de 9% no período, para 3,1 milhões de toneladas. No 3T25, o crescimento da produção de aço bruto foi impulsionado, principalmente, pelo maior nível de produção no Brasil, com a estabilidade da operação em Ouro Branco. Como resultado, a utilização da capacidade de produção de aço bruto consolidada foi de 81%, representando um aumento de 3 p.p. e 5 p.p. em relação ao 2T25 e 3T24. A taxa de utilização de capacidade no Brasil atingiu 85% no trimestre – o maior nível desde o 2T21. As vendas de aço subiram devido ao aumento nas vendas no Brasil, sobretudo pelo maior nível de exportações, e na América do Norte.

A empresa investiu R$ 1,7 bilhão em Capex no trimestre, sendo aproximadamente 60% destinados à competitividade das suas operações.

A dívida líquida encerrou no final do 3T25 era de R$ 8,7 bilhões, queda de 3,8% em relação ao 2T25, e a alavancagem era de 0,81 vez, ante 0,85 vez na mesma base de comparação.

A Gerdau ainda anunciou em comunicados separados que vai recomprar os títulos de dívida com vencimento em 2030 e valor principal de US$ 500 milhões.

O grupo também aprovou dividendos de R$ 0,28 por ação e R$ 0,19 por ação para a Gerdau SA e para a holding Metalúrgica Gerdau, com pagamentos em 11 e 12 de dezembro de 2025.

O total aprovado em dividendos pela Gerdau é de R$ 555,2 milhões. A companhia mantém a política de distribuir, no mínimo, 30% do lucro líquido societário anual da controladora Gerdau S.A., após a constituição das reservas previstas no Estatuto Social.

Mensagem da administração

Na América do Norte, os resultados do 3T25 foram beneficiados pelo aumento de 3,0% no volume de vendas em relação ao 2T25, combinado com a expansão de preços na maior parte dos produtos nos Estados Unidos. A carteira de pedidos manteve-se estável, com média de 70 dias, reflexo da consistente demanda nos principais setores atendidos, além do cenário de contínua redução das importações. O reforço das tarifas da Seção 232 contribuiu de forma significativa para o reequilíbrio da oferta, o que se evidencia na comparação com o 3T24, com um aumento de 10,4% no volume de vendas.

No Brasil, a companhia encerrou o trimestre com volume de vendas 16,6% superior ao 2T25, impulsionado pelo aumento das exportações e pelas vendas no mercado interno. Apesar da demanda resiliente, o resultado das operações no Brasil foi afetado pela contínua pressão nos preços de aços longos e planos em função da sobreoferta de aço. A melhora operacional da planta de Ouro Branco resultou em uma importante redução dos custos por tonelada, compensando parcialmente os menores preços realizados.

Na América do Sul, o ebitda e a margem ebitda apresentaram significativa recuperação em relação ao 2T25 (+57,2% e +5,8 p.p) em função, principalmente, do melhor mix de entregas na Argentina, que contribuiu para a melhor realização de preços na região e dos melhores custos por tonelada. No Peru, a demanda por aço continua sólida e estável, compensando o cenário de retomada mais lenta da demanda por aço na Argentina.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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