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Lucro da Vale cresce 11% no terceiro trimestre de 2025, para US$ 2,7 bilhões, base anual

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São Paulo, 30 de outubro de 2025 – O lucro líquido aos acionistas da Vale aumentou 11% no terceiro trimestre de 2025 (3T25), para US$ 2,69 bilhões, enquanto o lucro atribuível proforma saltou 78%, para US$ 2,74 bilhões. A empresa disse que o desempenho do primeiro reflete o aumento do ebitda proforma no período e itens não recorrentes no 3T24, enquanto o segundo, inclui o impacto da provisão da Samarco registrada no 3T24, incluída em coligadas e joint ventures.

A receita líquida de vendas da mineradora cresceu 9% em relação ao 3T24, para US$ 10,42 bilhões. A companhia reportou forte desempenho de vendas em todos os segmentos de negócio. As vendas de minério de ferro, cobre e níquel cresceram 5% (+4 Mt), 20% (+15 kt) e 6% (+2 kt) a/a, respectivamente, apoiadas pelo sólido desempenho operacional.

“Entregamos mais um trimestre sólido, marcado por um desempenho operacional consistente, progresso contínuo em nossa agenda estratégica e compromisso com a segurança. A produção de minério de ferro atingiu seu maior nível trimestral desde 2018, o cobre teve seu melhor resultado para o terceiro trimestre desde 2019, enquanto continuamos a melhorar nossa competitividade de custos no níquel. Tudo isso reflete a consistência operacional e a dedicação incansável de nossas equipes”, comentou Gustavo Pimenta, CEO da Vale, no relatório trimestral.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em termos ajustados – que incluem dividendos recebidos e juros de empréstimos de coligadas e joint ventures, mas excluem depreciação, exaustão e amortização e redução ao valor recuperável e baixa de ativos não circulantes – aumentou 21%, para US$ 4,369 bilhões. O ebitda ajustado proforma, que exclui despesas relacionadas ao desastre de Brumadinho e itens não recorrentes e inclui o ebitda de coligadas e JVs, subiu 78%, para US$ 2,74 bilhões.

Os custos e despesas totais da Vale (ex-Brumadinho e descaracterização de barragens) cresceram 5%, para US$ 7,23 bilhões, enquanto as despesas relacionadas ao rompimento da barragem de Brumadinho e descaracterização de barragens caíram 76%, para US$ 30 milhões.

Os investimentos da mineradora diminuíram 11%, para US$ 1,25 bilhão, sendo a maior queda percentual em níquel (-21%), metais para transição energética (-14%) e soluções de minério de ferro (-11%). Os investimentos em projetos de crescimento totalizaram US$ 299 milhões, US$ 77 milhões, que da 20% na comparação anual, principalmente em decorrência de menores desembolsos no segmento de Soluções de Minério de Ferro, com o ramp-up de Capanema.

O projeto do Segundo Forno de Onça Puma iniciou a fase de comissionamento em setembro. O projeto adicionará 15 mil toneladas por ano à capacidade de produção da unidade, aumentando sua capacidade nominal para 40 ktpa. Em setembro, a Vale recebeu a licença de operação para atividades relacionadas à mina do projeto de minério de ferro Serra Sul +20 Mtpa. O projeto já atingiu 80% de avanço físico e está previsto para iniciar as operações no segundo semestre de 2026.

Brumadinho

A execução do Acordo de Reparação Integral de Brumadinho continua avançando, com aproximadamente 79% dos compromissos acordados concluídos até o 3T25 e em linha com os prazos previstos no acordo.

Mariana

O programa de reparação da Samarco continua progredindo, com R$ 70 bilhões desembolsados até 30 de setembro de 2025. O progresso do Programa de Indenização Definitiva (PID) continua forte, com a adesão formal de mais de 327 mil indivíduos e mais de 291 mil acordos assinados até meados de outubro, mostrando um avanço consistente na resolução das reivindicações remanescentes.

Receitas e preços

Por área de negócio, a receita da Vale na unidade de minerais ferrosos cresceu 6%, para US$ 8,42 bilhões, enquanto no segmento de pelotas, a receita líquida foi de US$ 1,15 bilhão, queda de 24%. No segmento de metais para transição energética (cobre, níquel e outros), a receita da companhia somou US$ 1,99 bilhão, alta de 26% na comparação com 3T24.

No trimestre, o preço médio realizado na venda de finos de minério de ferro subiu 4% na comparação anual, para US$ 94,4 por tonelada. O aumento foi US$ 9,3 por t na comparação trimestral, devido ao aumento nos preços de referência do minério de ferro (US$ 4,2/t maior), efeito positivo dos mecanismos de precificação (US$ 2,2/t maior, principalmente relacionado a ajustes de preços provisórios do trimestre anterior, e maior qualidade e prêmios (US$ 1,8/t maior), refletindo a bem-sucedida execução da estratégia de otimização do portfólio de produtos.

O preço médio de venda de minério de ferro em pelotas caiu 12% em relação ao 3T24, para US$ 130,8 por tonelada. Na comparação trimestral, o preço foi US$ 3,3 por t menor, impactado principalmente pelos prêmios trimestrais mais baixos de pelotas, parcialmente compensado pelos preços de referência mais altos do minério de ferro no trimestre.

O prêmio all-in aumentou em US$ 1,0 por tonelada, totalizando US$ 2,1 por tonelada, refletindo a combinação de maiores prêmios de finos de minério de ferro (US$ 1,8 por tonelada maior na base trimestral) e uma menor contribuição do negócio de pelotas (US$ 0,8 por tonelada menor na comparação trimestral).

A receita líquida de cobre totalizou US$ 1,086 bilhão, aumentando 43% na comparação anual, impulsionado por preços realizados mais altos de cobre (US$ 55 milhões) e maiores volumes (US$ 80 milhões), além de maiores receitas com subprodutos. A maior receita com subprodutos é explicada por preços mais altos de ouro (US$ 117 milhões) e pelo aumento nos volumes de ouro vendidos em concentrados de cobre (US$ 49 milhões). O preço médio realizado de cobre foi de US$ 9.818 por t, 9% maior na comparação trimestral, em linha com os preços mais altos da LME e menores descontos de TC/RC, compensando efeitos temporais de precificação.

Custo de produção

O custo caixa C1, excluindo compra de terceiros, atingiu US$ 20,7 por t no 3T25, em linha na comparação anual. A estabilidade nos custos reflete um menor impacto do giro de estoques, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o que foi compensado principalmente pelo aumento nos custos de manutenção e materiais relacionados às atividades de mina e porto, voltadas à melhoria da confiabilidade dos ativos e do desempenho operacional futuro.

Atualização de projeções

O guidance de custo all-in do cobre para 2025 foi revisado para US$ 1.000-1.500/t (de US$ 1.500-2.000/t), impulsionado pelos maiores preços do ouro.

O guidance de custo all-in do níquel para 2025 foi revisado para US$ 13.000-14.000/t, (de US$ 14.000-15.500/t), impulsionado por uma performance operacional sólida e preços fortes dos metais, beneficiando os ativos polimetálicos.

A Vale continua altamente confiante em atingir o guidance de custo caixa C1, excluindo compras de terceiros, de 2025 (US$ 20,5-22,0/t).

Endividamento

A dívida líquida da companhia ao fim do terceiro trimestre cresceu 31%, para US$ 12,452 bilhões, o que equivale a 0,8 vez o ebitda ajustado em dólar acumulado pela Vale num período de 12 meses. Um ano antes, este índice era de 0,5 vez.

A Vale disse que a dívida líquida expandida diminuiu US$ 800 milhões em relação ao 2T25, totalizando US$ 16,6 bilhões com o aumento da geração de fluxo de caixa livre. O target de dívida líquida expandida da companhia continua entre US$ 10 a 20 bilhões.

O fluxo de caixa livre da mineradora subiu 337%, para US$ 2,6 bilhões, de US$ 587 milhões um ano antes, impactada positivamente por US$ 1,0 bilhão em recursos recebidos na conclusão da transação da Aliança, além dos US$ 1,6 bilhão em fluxo de caixa livre recorrente. A posição de caixa da Vale foi impactada principalmente por US$ 1,5 bilhão em juros sobre o capital pagos em setembro e um desembolso líquido de US$ 700 milhões como parte da gestão de passivos. Esses efeitos combinados resultaram em um aumento de US$ 400 milhões em caixa e equivalentes de caixa durante o trimestre.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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