A União Europeia anunciou que começará a agrupar a demanda de empresas europeias para a compra de gás nas próximas semanas. A medida faz parte dos esforços para acelerar a substituição da energia russa.
A medida acompanha negociações de propostas legais para proibir totalmente as importações de petróleo e gás russos até janeiro de 2028. Além disso, sanções recentes já proíbem o gás natural liquefeito (GNL) russo já a partir de janeiro de 2027.
A iniciativa exigirá que os países que ainda recebem gás russo rompam contratos existentes e busquem fontes alternativas. Membros da UE, como França e Bélgica, ainda importam GNL russo, enquanto outros, incluindo Eslováquia e Hungria, recebem gás via gasoduto.
O comissário de Energia da UE, Dan Jorgensen, afirmou que o bloco relançará seu sistema de agregação de demanda de gás para garantir fornecimentos competitivos e diversificados. Com isso, o foco ficará voltado para compradores da Europa Central, Oriental e Sudeste.
O pool de gás da UE tem como objetivo acelerar a importação de GNL dos Estados Unidos, em linha com o compromisso de comprar US$ 250 bilhões em energia americana por ano. Negociações feitas com o presidente dos EUA, Donald Trump, foram responsáveis por tais acordos e o valor total fechado no certame.
Apesar de a plataforma da UE agrupar a demanda e conectar compradores a fornecedores, as negociações contratuais permanecem entre as empresas. Isso não as obriga de divulgar dos acordos fechados. Entretanto, ainda não se sabe exatamente quanto gás foi adquirido por meio desse mecanismo desde 2022.

