São Paulo, 22 de outubro de 2025 – A Vale apresentou um forte desempenho operacional no terceiro trimestre. No Minério de Ferro, a produção atingiu seu maior nível desde 2018 e a realização de preços melhorou, refletindo a execução bem-sucedida da nossa estratégia de portfólio de produtos. No Cobre, Salobo registrou crescimento anual, enquanto os ativos polimetálicos mantiveram uma performance consistente. No Níquel, o volume de minério lavrado em Sudbury aumentou 45% na comparação anual, e o segundo forno de Onça Puma entrou em operação, abrindo caminho para o crescimento de produção nos próximos trimestres. Os três negócios estão progredindo em direção ao limite superior do guidance de produção para 2025, disse Vale, em seu relatório de produção e vendas do terceiro trimestre de 2025, divulgado ontem (21), após o fechamento dos mercados.
A produção de minério de ferro totalizou 94,4 milhões de toneladas (Mt), com alta de 4%, ou 3,4 Mt maior que no mesmo intervalo de 2024, impulsionado por um novo recorde trimestral do S11D e pelo avanço do ramp-up dos principais projetos.
As vendas de minério de ferro atingiram 86,0 Mt, 5% maiores (4,2 Mt) na base anual, com melhora da realização de preços, suportada por prêmios mais elevados de finos de minério de ferro (US$ 1,8 por tonelada na comparação trimestral). A produção de pelotas foi de 8,0 Mt, queda de 23% (2,4 Mt) na comparação com o 3T24, refletindo as condições de mercado.
A produção de cobre totalizou 90,8 kt, 6% (4,9 kt) maior na comparação ano contra ano, devido principalmente à produção consistente de Salobo e maiores volumes de concentrado provenientes de Voisey’s Bay e Sudbury.
A produção de níquel totalizou 46,8 kt, com variação estável em relação ao 3T24 e produção recorde na refinaria de Long Harbour, compensando a manutenção realizada na refinaria de Copper Cliff, em Sudbury.
Operações de minério de ferro e pelotas
Em relação às operações no Sistema Norte, a Vale disse que o S11D alcançou sua maior produção para um terceiro trimestre, atingindo 23,6 Mt (1,5 Mt maior na base anual), suportado por melhorias contínuas de desempenho e na confiabilidade dos ativos. Esse aumento compensou a produção menor, porém esperada, em Serra Norte (1,5 Mt menor, na mesma base), ainda impactada pela disponibilidade de run-of-mine, que foi parcialmente compensada pelos efeitos positivos do ajuste no portfólio de produtos no plano de lavra.
No Sistema Sudeste, a produção aumentou 1,1 Mt em relação a um ano antes, devido ao comissionamento da quarta linha de processamento de Brucutu e pelo ramp-up do projeto Capanema, que atingiu 2,9 Mt de produção no trimestre, em linha com o planejado. Esses efeitos positivos compensaram parcialmente a menor produção no Complexo Itabira, impactada pelo aumento das atividades de manutenção.
A produção no Sistema Sul 1,0 Mt maior na base anual, resultado do melhor desempenho do Complexo Vargem Grande, devido ao ramp-up do projeto VGR1 e pela redução do tempo de parada para manutenção.
A produção de pelotas foi 2,4 Mt menor na base anual, refletindo ajustes nos níveis de produção em resposta às condições atuais de mercado. O pellet feed, que seria utilizado como insumo nas plantas de pelotização, foi redirecionado para venda de finos de minério de ferro, otimizando a geração de valor no portfólio de produtos. Conforme anunciado anteriormente, a planta de pelotização de São Luis foi colocada em manutenção durante o terceiro trimestre e não se espera que as operações retornem ainda em 2025.
As vendas de minério de ferro totalizaram 86,0 Mt, 4,2 Mt maiores em relação ao 3T34, em linha com o aumento da produção. A formação de estoque de 4,5 Mt é atribuída principalmente às cargas em trânsito ao longo da cadeia de valor, devido aos maiores volumes de produtos concentrados na China (PFC). A expectativa é que esses estoques se transformem em vendas ao longo dos próximos trimestres.
A Vale também relatou que a otimização da estratégia de portfólio de produtos levou a uma melhora nos prêmios de finos de minério de ferro, que aumentaram US$ 1,8 por tonelada na comparação trimestral, atingindo US$ 0,7 por tonelada, suportado pela maior contribuição de produtos com baixo teor de alumina, como BRBF, Mid-Grade Carajás e IOCJ.
O prêmio all-in totalizou US$ 2,1 por tonelada, US$ 1,0 por tonelada maior na comparação trimestral, refletindo a combinação de maiores prêmios de finos e uma menor contribuição do negócio de pelotas.
O preço médio realizado de finos de minério de ferro foi de US$ 94,4 por t, US$ 9.3 por t maior em relação ao 2T25, principalmente devido aos maiores preços do minério de ferro (US$ 4,2/t acima do 2T25) e pelos maiores prêmios de finos (US$ 1,8/t acima do 2T25). O preço médio realizado de pelotas foi US$ 3,3 por t menor em relação ao trimestre anterior, totalizando US$ 130,8 por t, devido à redução dos prêmios trimestrais.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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