Líderes europeus afirmaram que as linhas de frente atuais na Ucrânia devem ser o ponto de partida para quaisquer negociações de paz, enquanto os preparativos para uma cúpula entre Donald Trump e Vladimir Putin parecem ter emperrado. A cúpula, que Trump disse querer realizar em Budapeste, na Hungria, nas próximas semanas para tentar pôr fim à guerra, enfrenta atrasos e incertezas.
Os preparativos foram travados depois que uma reunião preliminar esperada entre o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, marcada para ocorrer em Budapeste, foi adiada; Moscou disse que ainda é prematuro falar em datas para um encontro presencial. O Kremlin afirmou não haver calendário definido para a cúpula.
Há preocupação entre os aliados europeus de que Trump possa encontrar Putin novamente sem extrair concessões significativas – algo que já aconteceu quando Putin rejeitou um cessar-fogo após a cúpula no Alasca. Em resposta, líderes de potências europeias (Reino Unido, França, Alemanha e UE) reiteraram que apoiam a posição de Trump de que os combates devem cessar imediatamente e que a linha de contato atual deve ser o ponto inicial das negociações. Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, endossou publicamente a ideia de um cessar-fogo nas linhas atuais.
A escolha de Budapeste como local é controversa dentro da EU, porque o primeiroministro húngaro Viktor Orbán mantém relações relativamente amistosas com Moscou desde 2022. Além disso, questões logísticas e legais complicam a viagem de Putin – por exemplo, a Polônia avisou que poderia interceptar o avião de Putin e prendêlo por um mandado internacional se ele sobrevoasse seu espaço aéreo, enquanto a Bulgária disse que permitiria o uso de seu espaço aéreo.

