A Coreia do Sul e os Estados Unidos fizeram “progressos significativos” nas negociações sobre os US$ 350 bilhões em investimentos que Seul prometeu realizar nos EUA, como parte de um acordo firmado em julho para garantir tarifas comerciais reduzidas. Segundo Kim Yong-beom, principal assessor de políticas econômicas da Coreia do Sul, os negociadores americanos apresentaram uma nova proposta sobre como o pacote de investimentos poderia ser implementado, embora ele não tenha dado detalhes pelo fato de as conversas ainda estarem em andamento.
No início das negociações, autoridades americanas mostraram pouco entusiasmo com a proposta de Seul de realizar os investimentos na forma de garantias ou empréstimos, insistindo que o aporte deveria gerar “fluxo de caixa”. Os representantes sul-coreanos, por sua vez, afirmaram que não seria possível investir US$ 350 bilhões de uma só vez e destacaram a necessidade de um plano de negócios viável que envolvesse empresas coreanas, alertando ainda que um investimento dessa magnitude poderia afetar as reservas cambiais do país.
Kim afirmou que, após sucessivas rodadas de conversas, os negociadores dos EUA passaram a compreender melhor as limitações e preocupações de Seul. O assessor destacou que o objetivo da Coreia do Sul é concluir o acordo comercial até o fim de outubro, quando o país sediará a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC).
Enquanto isso, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, declarou à CNBC que Washington está perto de finalizar o acordo comercial com Seul. Ele acrescentou que representantes dos dois países estão se reunindo nesta semana, paralelamente ao encontro anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial em Washington.

